Quatro pontos do município de Macaé, no Norte Fluminense, estão passando por coleta para identificar a presença do material genético do vírus SARS-CoV-2 na rede de esgoto.
Foram colhidas amostras: na Estação Elevatória Confort, na orla dos Cavaleiros; na EE Principal do Lagomar; na Estação de Tratamento Centro e no Hospital Público de Macaé.
A ação conta com o apoio da Prefeitura Municipal e financiamento da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e é realizada em parceria pela BRK Ambiental, concessionária responsável pela coleta e tratamento de esgoto na cidade, o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde (ISI QV), ligado à Firjan SENAI, e a Vitaltec Engenharia.
A Prefeitura de Macaé colocou à disposição as equipes técnicas das secretarias de Saúde, Saneamento e de Meio Ambiente.
A pesquisa envolve um método inédito para a avaliação da presença do coronavírus na rede de esgoto do município. As coletas dos materiais foram realizadas nestes pontos estratégicos, com a expectativa de que os resultados permitam estimar o nível de contaminação na cidade, considerando que uma parcela dos pacientes com Covid-19 pode não apresentar sintomas evidentes, porém são capazes de transmitir o vírus.
Outras pesquisas ao redor do mundo já identificaram a presença do vírus no esgoto de grandes centros urbanos. No entanto, foram usados métodos diferentes para esta avaliação e as amostras são geralmente complexas, o que pode gerar sérias imprecisões quanto aos dados obtidos.
Recentemente estudos mostraram o vírus no esgoto das cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Essas coletas vão mostrar aos cientistas, o tamanho da pandemia e o seu nível de transmissão.
Já a metodologia otimizada ao longo desta ação em Macaé será capaz de detectar com precisão a presença muito pequena do material genético do vírus causador da Covid-19 nas amostras. E os resultados gerados por este método poderão atuar como um indicador da densidade de pacientes positivos.