Startups do Rio atraíram cifra bilionária, diz estudo que será revelado no Web Summit

Levantamento foi elaborado pelo Distrito e mapeou rodadas de investimento desde 2011

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Web Summit (Foto: Divulgação)

Startups do Rio atraíram US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões, ao câmbio de hoje) em investimentos desde 2011, revela estudo que a plataforma de tecnologia Distrito vai lançar no Web Summit Rio esta semana.

O estado foi o terceiro entre os que mais receberam aportes no período, atrás apenas de São Paulo e Paraná, mas vem enfrentando desaceleração no ritmo de criação de novas empresas inovadoras — o número de abertura de startups foi, no ano passado, o menor em mais de uma década.

Foram 389 rodadas de aportes em startups do Rio no período estudado, que coincide com o amadurecimento do ecossistema de capital de risco (venture capital) no país. O ano mais ativo foi 2020, quando a euforia pandêmica com a tecnologia e os juros baixos proporcionaram US$ 343,6 milhões em 56 cheques injetados em startups do Rio.

O segundo ano com maior volume de investimento foi 2021, com US$ 284,6 milhões em 60 rodadas. (Nacionalmente, o ano com maior cifra foi 2021, com US$ 9,8 bilhões).

De acordo com o levantamento, há 843 startups no Rio, onde a predominância de fintechs (startups financeiras) é menor que no restante do país. No estado, as startups mais numerosas são edtechs (educação) e retailtechs (varejo), segmentos que respondem, cada um, por 11,3% do número total. Só depois vêm as fintechs (11,15%), as healthtechs (de saúde; 9,85%) e as martechs (marketing; 9,13%).

“Nunca é bom haver concentração em um setor. No Rio, vemos que cinco segmentos têm um peso quase semelhante, o que ajuda a desenvolver um ecossistema mais equilibrado”, explica, em nota, Gustavo Araújo, um dos fundadores do Distrito.

Ritmo menor

A região metropolitana do Rio concentra mais de 85% das startups do estado, mostram os dados.

O ritmo de criação de startups vem desacelerando no Rio, porém. No ano passado, 21 foram fundadas, a menor quantidade desde 2010, quando surgiram 18 empresas. No ano mais ativo, em 2018, 96 startups nasceram. Mas o levantamento afirma que as razões para a desaceleração não estão claras.

“Deve-se notar que a queda nos últimos anos provavelmente não representa uma diminuição real na taxa de fundação de novas startups, e sim uma dificuldade maior de encontrar empresas recém-nascidas, que ainda não apareceram para o mercado”, pondera o Distrito.

Com informações do Jornal O GLOBO.

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