Durante uma rodada de perguntas e respostas após a apresentação do último relatório financeiro da Nintendo, um dos presentes perguntou quais eram os planos da empresa em relação ao metaverso e NFTs.
O diretor-executivo da empresa, Shuntaro Furukawa, tirou seu tempo para informar que, apesar de terem interesse em expandir para o metaverso, eles não sabem ainda o que podem oferecer na área.
“Temos interesse nesta área, sentimos o potencial nesta área, mas nos perguntamos que alegria podemos oferecer nesta área e isso é difícil de definir agora”, disse o CEO.
A fala da empresa japonesa ecoa a de Ken Kutaragi, que trabalhou em outra companhia de videogames japonesa, a Sony. Para Kutaragi, o metaverso pode ser isolador, e os dispositivos necessários para acessá-lo são irritantes.
“Estar no mundo real é muito importante, mas o metaverso é tornar uma experiência semi-real em um mundo virtual. Não vejo sentido nisso”, disse Kutaragi em uma entrevista ao portal Bloomberg.
A Nintendo é uma empresa que sempre se mostrou conservadora e protetora com sua propriedade intelectual, evitando deixá-la nas mãos de terceiros e até mesmo perseguindo judicialmente qualquer tipo de filmagem não autorizada de seus jogos.
Logo, faz sentido que a empresa tenha cautela em se aventurar em um novo cenário sem ter um produto específico e cuidadosamente criado para o contexto.
Tampouco a empresa deseja trazer a bordo de sua equipe novos funcionários que não tenham seus valores aliados ao da Nintendo.
Apesar disso, a Nintendo não está completamente ausente do cenário do metaverso. Atualmente a companhia japonesa tem 5% do índice de metaverso da Solactive, que é negociado em bolsas da Alemanha.
As informações são do Yahoo.