Cientistas criam tecido que desativa vírus da Covid-19

Um novo tecido criado pela Universidade Northwestern, em Illinois, EUA, promete proteção completa contra vírus, bactérias e outras ameaças (mesmo as químicas), completamente negativando a ação desses ataques – segundo o paper publicado sobre o trabalho, o tecido é eficaz até mesmo contra a pandemia da Covid-19.

De acordo com o comunicado de divulgação, o novo material é reutilizável, voltando ao seu estado original de proteção com uma rápida lavagem com água e alvejante.

Espera-se que ele possa, no futuro, ser aplicado na confecção de novos tipos de máscaras faciais e outras roupas de proteção.

“Ter um material com dupla funcionalidade, com a habilidade de desativar agentes tóxicos biológicos e químicos é algo crucial, tendo em vista a alta complexidade que vem da integração de múltiplos componentes para esse tipo de trabalho”, disse Omar Farha, expert em pesquisa de união de metais e dispositivos orgânicos (da sigla em inglês, “MOFs”) na Universidade Northwestern, professor de química na Escola Weinberg de Artes e Ciências e co-autor do paper.

O material desenvolvido por Farhas e sua equipe entra nessa classificação, e é derivado de um outro estudo, onde o mesmo time criou um tipo de nanofibra capaz de desativar agentes nervosos (nome atribuído a algumas armas químicas usadas em conflitos militares).

Segundo o especialista, “com algumas pequenas manipulações”, eles foram capazes de inserir agentes antibacterianos e antivirais na composição, ampliando sua capacidade de ação.

Em testes, o tecido foi eficaz na desativação de vírus, bactérias e outras ameaças químicas, mostrando-se excepcionalmente rápido contra o Sars-Cov-2 (o vírus causador da Covid-19), bem como a bactéria bacilar Gram-negativa Escherichia coli (responsável por várias infecções gastrointestinais) e a bactéria Gram-positiva Staphylococcus aureus.

Em outro teste, o material rapidamente degradou o estimulante químico “Cloreto de 2-etiltioetilo”, o principal componente do gás mostarda, usado em guerras ao longo da história, como a 1ª Guerra Mundial (19114-1918); a conquista da Etiópia pela Itália (1935-1936); a guerra da China contra o Japão (1937-1945); a 2ª Guerra Mundial (1939-1945); a guerra civil do Iêmen (2014 até hoje); o conflito armado entre Irã e Iraque (1983-1988) e, mais recentemente, na Guerra da Síria (agosto de 2015).

Em uma notícia ainda mais interessante, o material pode ser aplicado em máscaras faciais, pois sua composição permite também o escape otimizado de ar – em outras palavras, além de reter e desativar potenciais ameaças, ele não prende a respiração e evita o contágio vindo do contato com pessoas infectadas.

As informações são do Olhar Digital.

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