EUA aprovam primeira pílula para tratamento de Depressão pós-parto

Análise brasileira indica que condição de saúde afeta uma a cada quatro mães no Brasil

depressão pós parto: pilula para depressao pos parto

(Divulgação)

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, aprovou pela primeira vez uma pílula dedicada a tratar a depressão pós-parto (DPP), condição que afeta uma a cada quatro mães, conforme um estudo realizado anteriormente no Brasil. O medicamento chamado Zurzuvae foi especialmente desenvolvido para tratar essa alteração psiquiátrica.

Em comunicado, o FDA ressaltou que antes desse fármaco (que passou pelas etapas de aprovação de maneira acelerada, dada a necessidade de seu uso) existia apenas uma injeção aplicada para melhorar os efeitos da DPP. A estratégia de cuidado, contudo, era utilizada somente em alguns centros de saúde.

“Assim como outras formas de depressão, a DPP é caracterizada por tristeza ou perda de interesse em atividades que costumavam gostar, além da diminuição da capacidade de sentir prazer. Pode apresentar sintomas como comprometimento cognitivo, sentimentos de tristeza ou inadequação, perda de energia ou ideação suicida”, informou o FDA.

As pacientes que participaram do estudo para aprovar a droga estavam entre o terceiro trimestre de gestação até quatro semanas após o parto. A análise, controlada por grupo placebo, mostrou que as participantes que receberam efetivamente o medicamento tiveram resultados positivos nos sintomas da depressão após 15 dias.

A agência americana ainda informa que os efeitos colaterais mais comuns para o uso do Zurzuvae incluem sonolência, tontura, diarréia, fadiga, nasofaringite (resfriado comum) e infecção do trato urinário. “O uso de Zurzuvae pode causar pensamentos e comportamentos suicidas. Zurzuvae pode causar dano fetal”, afirma o FDA. Portanto informa que as mulheres devem usar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento e por uma semana após o uso de Zurzuvae.

Sair da versão mobile