Uma guerra direta contra o Líbano e o Hezbollah terminaria com uma derrota para o regime israelense, alertou a Missão do Irã na ONU nesta sexta-feira.
A representação iraniana nas Nações Unidas apontou que, se a entidade sionista persistir na escalada da violência e entrar em conflito direto com o Líbano, esse confronto levaria à derrota de Israel pelo Movimento de Resistência Islâmica do Líbano (Hezbollah), que tem capacidade defensiva suficiente para se proteger e proteger o país.
“Qualquer decisão imprudente do regime de ocupação israelense de se salvar poderia mergulhar a região [da Ásia Ocidental] em uma nova guerra, cuja consequência seria a destruição da infraestrutura do Líbano, bem como dos territórios ocupados desde 1948”, disse a missão iraniana em seu perfil X.
“Sem dúvida, esta guerra terá um perdedor final, que será o regime sionista. O movimento de resistência libanês, o Hezbollah, tem a capacidade de se defender a si mesmo e ao Líbano. Talvez tenha chegado a hora da autoaniquilação deste regime ilegítimo”, sublinhou.
Desde o início da guerra genocida de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza, em 7 de outubro, o Hezbollah intensificou seus ataques contra alvos sionistas no norte dos territórios ocupados, em apoio à população do enclave palestino sitiado.
O líder do Hizbollah, Seyed Hassan Nasrallah, disse em um recente discurso televisionado que “em nenhum lugar” nos territórios ocupados estará seguro se Israel implementar seus planos ofensivos contra a nação libanesa.
“O inimigo sabe que nenhum lugar estará a salvo de nossos drones e mísseis. Eles também sabem que temos a capacidade de alcançar nossos objetivos. Eles sabem que o que os espera no Mar Mediterrâneo é muito significativo”, alertou o secretário-geral do Hezbollah na quarta-feira.
ONU pede para evitar “erros de cálculo”
Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que um único “erro de cálculo” poderia levar a “uma catástrofe” em nível regional, no caso de um conflito em grande escala entre o Líbano e o regime israelense.
“Sejamos claros: os povos da região e do mundo não podem se dar ao luxo de que o Líbano se torne outra Gaza”, disse Guterres durante uma entrevista coletiva de Nova York, onde pediu às partes que respeitem as resoluções do Conselho de Segurança sobre o assunto e exigiu o fim das hostilidades.
“O mundo deve dizer alto e bom som: a desescalada imediata não só é possível, como é essencial. Não há solução militar. Uma nova escalada militar só garantirá maior sofrimento, maior devastação para as comunidades no Líbano e em Israel e consequências potencialmente mais catastróficas para a região”, enfatizou.
As informações são da Hispan TV.