A Secretaria de Saúde do RJ (SES) investiga um possível caso de varíola dos macacos (monkeypox) em Macaé, no Norte Fluminense. O paciente tem 43 anos e trabalha embarcado em uma plataforma de petróleo. De acordo com a SES, ele relata ter tido contato com pessoas de outros países.
A SES informou que exames complementares, preconizados pelo Ministério da Saúde para fechar a avaliação do caso, estão em andamento. O primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil foi confirmado em São Paulo no dia 8 de junho. Neste sábado (11), o segundo caso foi confirmado, também em São Paulo.
“A vigilância estadual está apoiando a vigilância municipal no monitoramento do paciente. Até o momento, não há caso de monkeypox confirmado no estado”, informou a secretária de saúde em nota.
A Prefeitura de Macaé informou que o homem está internado em um hospital particular da cidade e o estado de saúde dele é estável. Ele está em isolamento até o diagnóstico ser revelado.
A Secretaria municipal de Saúde de Macaé informou que aguarda a emissão do laudo técnico dos exames realizados pelo laboratório molecular de virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A previsão é que o resultado saia na segunda-feira (13).
Amostras do paciente também são analisadas pelo LACEN, laboratório da Secretaria Estadual de Saúde. Não há outro caso suspeito em investigação em Macaé e no Estado.
Alerta
De acordo com a SES, em maio, o CIEVS enviou comunicado de alerta às Secretarias municipais de Saúde orientando quanto à detecção e ao monitoramento de possíveis casos da doença.
“A medida tem como objetivo garantir que as vigilâncias municipais e estadual sejam notificadas dos possíveis casos e possam fazer o acompanhamento da evolução da doença”, diz a nota.
A doença
A monkeypox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.
Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser isolado até o desaparecimento completo das lesões. O tratamento é baseado em medidas de suporte, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e sequelas.
As informações são do g1.