Foi tensa a conversa recente entre o prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ), Wladimir Garotinho, e o presidente da Câmara de Vereadores, Marquinho Bacellar.
O vereador queixou-se que o acordo de paz celebrado no ano passado entre o executivo e a nova mesa diretora da Câmara virou uma espécie de “caracu”. Ou seja, o executivo não estaria cumprindo o acordo e quem sabe o que é o termo “caracu” na mesa de negociação em política do interior, entende bem a linguagem.
Entre outras lamentações de Bacellar, estaria às investidas de Wladimir para fraturar o bloco de oposição no legislativo. O vereador Nildo Cardoso (União Brasil), que já foi um opositor estridente, seria o novo dono da Emhab (Empresa Municipal de Habitação).
O movimento sinaliza a cooptação para uma futura relação “pé no pescoço”.
Por outro lado, Wladimir alegou que o acordo estagnou por conta das restrições que ele têm em relação aos vereadores Rogério Matoso, Dandinho de Rio Preto e Maycon Cruz, no que o interlocutor, olho no olho, retrucou:
“Wladimir, esse negócio de gostar e não gostar é relativo. Eu também não gosto de você e você apenas me tolera. Jamais o convidarei para visitar a minha casa, assim como não serei convidado para visitar a sua. Estamos aqui apenas para fazer política”.
A coisa foi nesse tom. Isso, talvez, explique as mais recentes trocas de farpas entre os comandantes do executivo e legislativo local.