Passada a crise política com a provável aprovação da Lei Orçamentária de 2024, a bendita LOA que vale R$ 2,6 bilhões, o prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ), Wladimir Garotinho (PP), vai mergulhar no seu projeto de reeleição.
Além de acalentar os planos de se manter na cadeira a partir de janeiro de 2025, ele quer também maioria parlamentar na próxima legislatura e um presidente da Câmara que seja seu. Isso evitaria ruídos e embates que está enfrentando atualmente na Câmara.
O nome ungido para disputa do legislativo é do seu amigo do peito e eminência parda da Corte, Dudu Azevedo. E para tarefa de eleger o pupilo, o escalado é o cabo eleitoral Thiago Calil.
Segundo as rodas de conversa, o moço sabe onde a coruja dorme. Seu poder de persuasão seria capaz de motivar o mais arredio eleitor da região Norte do Município, especialmente Vila Nova, Morro do Coco e Santo Eduardo. Na política de varejo, olhando olho no olho do eleitor, é descrito como “o bicho comendo mariola”. Só se despede com a garantia do voto.
Ao atrair Calil, superando rusgas recentes, Wladimir tira bolacha do pacote do vereador Abdu Neme (Avante), um parlamentar de baixo clero e altamente vulnerável ao poder de sedução de adversários. Com este mesmo perfil tem outros parlamentares tão demandeiros quanto Neme.
Uma das diferenças de Calil em comparação com a tropa oficial e a circunstancial, é que ele, pelo menos, é um demandeiro de resultados, além de gozar da simpatia dos ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho.