Campos-RJ: Indícios de abuso do poder político na pré-campanha eleitoral

Vereador Abdu Neme (PL) transporta eleitores para reuniões em ônibus financiados pela Prefeitura 

Abuso do poder político em Campos dos Goytacazes-RJ

Foto: Reprodução/Instagram.

Pré-candidato à reeleição para tentar mais um mandato na Câmara de Vereadores de Campos, o médico Abdu Neme (PL) não dá bola para denúncias de abuso do poder político e abuso do poder econômico.

Os ônibus da empresa São Salvador, com o brasão da Prefeitura de Campos estampado na lateral, estão transportando seus cabos eleitorais para as suas reuniões. 

Não custa lembrar que a população de Campos não tem transporte coletivo regular. Portanto, falta ônibus para população, mas não falta para cabos eleitorais da máquina administrativa.

Tem mais: a frota de ônibus da Auto Viação São Salvador foi financiada com recursos do Fundecam (Fundo de Desenvolvimento de Campos) e a dívida nunca foi paga. Portanto, os coletivos, em tese, são de propriedade do município.

O vereador Abdu Neme foi secretário de Saúde do governo Rafael Diniz e atualmente é ponta de lança do prefeito Wladimir Garotinho na Câmara de Vereadores.

O caso Chequinho

O município de Campos dos Goytacazes já foi alvo de uma grande Operação da Polícia Federal na eleição de 2016. Na ocasião, o governo da então prefeita Rosinha Garotinho, mãe do atual prefeito Wladimir Garotinho, foi denunciado por usar o programa Cheque Cidadão para compra de votos.

Vários integrantes do governo, que atualmente estão no entorno do atual prefeito, chegaram a ser presos e posteriormente foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas. O período também foi conturbado, com ataques do grupo político da família Garotinho aos juízes e promotores que atuaram no processo.

Por conta da Operação Chequinho, o ex-governador Anthony Garotinho, pai de Wladimir, foi condenado a mais de 13 anos de prisão, com sentença confirmada recentemente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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