MG sofre com “surto de incêndio” em carros

Minas Gerais registrou 356 incêndios em veículos de passeio somente nos dois primeiros meses deste ano, uma média de seis ocorrências por dia, segundo o Corpo de Bombeiros. No ano passado, foram 2.122 caos. Mas se engana quem pensa que só carros mais velhos pegam fogo – o problema também pode atingir modelos novos.

No último sábado (25), uma Lamborghini ficou destruída após sofrer um incêndio na Avenida Raja Gabaglia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ninguém se feriu.

De acordo com o doutor em engenharia mecânica e coordenador dos cursos de engenharia do Ibmec BH, Hélder Giostri Alves de Almeida, a falta de manutenção aumenta o risco de incêndios, independentemente da idade do veículo.

“Muitas vezes, o problema não está no veículo, e sim no proprietário. Quando o proprietário anda com a manutenção em dia, o risco é bem menor. Claro que, se o veículo é mais velho, é preciso ter um cuidado maior na manutenção, uma análise em mais componentes”, explicou.

A instalação de acessórios, como central multimídia, vidro elétrico, som, alarme, também pode contribuir para a ocorrência de incêndios, se feita de maneira incorreta.

“Toda vez que a gente faz um projeto de um veículo, projeta quanta carga o veículo poderá suportar. Mais do que isso, cada fio que a montadora coloca no veículo é calculado. As montadoras colocam uma sobrevida, uma margem de segurança nesse fio, mas, se o profissional não souber instalar ou sobrecarregar o fio, a gente pode ter um curto-circuito e dar início a uma faísca”, disse o professor.

Por isso, a orientação é ficar atento à necessidade de manutenção dos veículos, seja por tempo ou quilometragem. O fato de o carro estar funcionando e circulando normalmente nem sempre significa ausência de problemas.

“É importante sempre buscar oficina especializada, profissionais que entendem do veículo, do modelo. É um ponto de bastante atenção que os proprietários devem ter”, afirmou Almeida.

As informações são do g1.

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