Custos de ter um carro aumentaram em 17% nos últimos 12 meses

Aumento no valor de venda e no combustível foram os principais responsáveis ela alta

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os automóveis apresentaram um aumento de 17,03% entre março de 2021 e março de 2022. Os cálculos foram feitos a partir do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor – 10), que mede a variação dos preços de um conjunto de bens utilizando como base a primeira quinzena dos meses.

O levantamento incluiu preços de veículos, como carros e motos, de combustíveis, serviços de manutenção, peças, multas e tarifas públicas, como licenciamentos e transferências. O resultado de 17,03% ficou acima da inflação do período, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou março de 2022 em 10,79%.

Essa escalada nos custos pode ser explicada através de dois eixos fundamentais. O primeiro é o aumento dos preços do petróleo nos mercados internacionais, que elevou vertiginosamente o preço dos combustíveis e do gás de cozinha (GLP) no Brasil. O preço, que já vinha subindo durante os meses da pandemia, atingiu seu auge devido ao conflito na Ucrânia, atingindo o valor de US$ 115 por barril.

Em segundo lugar está a valorização dos automóveis, que já acumulam uma alta de 20%, de acordo com dados do IBGE. O carro zero quilômetro está saindo das lojas 22,94% mais caro do que há 18 meses atrás. O usado, por sua vez teve um aumento de 22,66% em 20 meses. Já as motocicletas tiveram um aumento de 17,72% também nos últimos 20 meses.

Essa alta não foi somente um repasse da inflação do setor, pelo contrário, as empresas montadoras estão tentando recuperar agora o lucro perdido durante o período de pandemia. O preço médio de um hatchback, categoria mais popular, está em média R$ 79 mil. Em 2016 a média do preço era de R$ 48 mil, que se ajustado para inflação do período, deveria ficar em R$ 62 mil, 27,4% mais barato do que o preço atual de mercado.

As informações são do Yahoo.

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