Citado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o debate da TV Bandeirantes, no último domingo (16), o aplicativo GraphoGame não é capaz de alfabetizar uma criança sozinho.
Quem garantiu foi o Instituto do Cérebro (Inscer) da PUC do Rio Grande do Sul, responsável pela adaptação do jogo para o português.
“A universidade explica que o aplicativo pode ser uma ferramenta de apoio, mas que sozinho não é capaz de alfabetizar”, afirmou, em nota enviada ao g1.
Durante o debate com seu adversário no segundo turno da eleição presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro fez críticas ao projeto de educação do PT e disse que em seu governo as crianças são alfabetizadas rapidamente, graças ao GraphoGame.
“O nosso ministro da Educação tem um aplicativo que está há um ano em vigor. Chama-se GraphoGame. […] No tempo do Lula, a garotada levava três anos para ser alfabetizada. Agora, no nosso governo, leva seis meses”, apontou no domingo.
A declaração levantou dúvidas sobre o aplicativo, desenvolvido na Finlândia. Ainda segundo a PUC-RS, a alfabetização sequer é o objetivo dos criadores do GraphoGame, que tem como finalidade auxiliar no desenvolvimento de consciência fonológica e fonêmica das crianças.
“Para uma criança ser alfabetizada ela precisa de instrução sistemática e consistente, precisa de vivências e sem dúvida alguma do apoio da Escola e especialmente de educadores”, explicou a universidade.
As informações são do Yahoo.