Estudioso sobre a formação das milícias no Rio de Janeiro, o sociólogo José Claudio Souza Alves diz que a morte do ex-capitão do Bope, Adriano Magalhães de Nóbrega, tem indícios de queima de arquivo.
O miliciano que era foragido da Justiça do Rio, morreu durante troca de tiros com a PM da Bahia, no domingo (09).
De acordo com reportagem do Portal VIU!, ele era apontado como o chefe do Escritório do Crime, organização criminosa que agia na zona oeste do Rio de Janeiro, nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema, Tijuquinha e adjacências.
O miliciano entrou em confronto com policiais militares na zona rural da cidade de Esplanada, na zona rural da Bahia.
“Uma operação de cerco lida mais com paciência, espera, controle e dissuasão do que com um confronto direto”, avalia Alves em entrevista à Folha de São Paulo.
Alves é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e autor do livro “Dos Barões ao Extermínio – Uma História da Violência na Baixada Fluminense” (APPH, 2003).