Perdas de Zuckerberg com metaverso batem R$ 188,8 bilhões

Mesmo com rombo, ações e receita da Meta crescem; entenda

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Meta registrou uma receita de US$ 32 bilhões no segundo trimestre Drew Angerer/Getty Images

Dados divulgados no segundo trimestre apontam que as perdas coletivas do Reality Labs, a unidade de metaverso da Meta, já ultrapassaram US$ 40 bilhões (R$ 188,8 bilhões).

Contudo, a controladora do Facebook apresentou na quarta-feira (26) uma receita de US$ 32 bilhões (R$ 151,04 bilhões) no trimestre encerrado em junho, marcando um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado e superando as expectativas de Wall Street.

A empresa registrou lucros de US$ 7,79 bilhões (R$ 36,77 bilhões) no trimestre, um aumento de 16% em relação a 2022, também superando as estimativas dos analistas.

Melhora de imagem

Antes, os analistas se incomodavam muito mais com os altos valores investidos pela empresa no metaverso.

A virada na avaliação de Wall Street pode estar relacionada à melhoria geral do desempenho comercial da Meta.

“Tivemos um bom trimestre”, disse o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, em comunicado que acompanha os resultados.

“Continuamos a ver um forte envolvimento em nossos aplicativos e temos o roteiro mais empolgante que já vi há algum tempo com Llama 2, Threads, Reels, novos produtos de IA em andamento e o lançamento do Quest 3 neste outono.”

O entusiasmo dos investidores em torno da IA ​​ajudou a impulsionar o setor de tecnologia nos últimos meses. Em paralelo, os resultados surgem no momento em que a demanda por anúncios digitais está ganhando força novamente.

Além dos bons números, a expectativa é de que a receita deve seguir em crescimento.

Zuckerberg apresentou seus planos para um “ano de eficiência” em fevereiro, após o terceiro declínio trimestral de receita da Meta.

Ao longo do último ano, a empresa enfrentou forte concorrência, desafios das mudanças de privacidade de aplicativos da Apple e menores gastos com anúncios digitais em meio a uma incerteza macroeconômica mais ampla.

O período foi marcado por medidas drásticas de corte de custos e demissões em massa.

Em novembro passado, a Meta disse que eliminaria 11.000 empregos, marcando a maior rodada de cortes de sua história.

Em março, Zuckerberg anunciou que a big tech demitiria outros 10.000 funcionários.

Investida no metaverso

“Esta é uma aposta de longo prazo”, disse Zuckerberg em uma teleconferência com analistas.

“Não posso garantir que estarei certo sobre essa aposta. Acho que essa é a direção que o mundo está tomando.”

Zuckerberg passou a explicar as várias tendências tecnológicas de consumo que percebeu, levando-o a acreditar que uma versão mais imersiva da Internet se tornará a norma nos próximos anos.

“Existem um ou dois bilhões de pessoas que usam óculos hoje. Acho que no futuro, todos serão óculos inteligentes e todo o tempo que passamos em TVs e computadores vai ficar mais imersivo e parecido com realidade virtual no futuro”, disse Zuckerberg.

“O que estamos vendo são maneiras mais ricas para as pessoas se comunicarem até mesmo nos aplicativos móveis, que vão de texto a fotos e vídeos, apenas essa tendência contínua de ser mais envolvente. Todas essas tendências se alinham para me fazer pensar que isso é a coisa certa. Acho que ficaremos felizes por termos feito isso.”

Se o bom ritmo da empresa se manter, Zuckerberg se aproximará de cumprir uma promessa que fez no ano passado de aumentar a receita e o lucro do Facebook, Instagram e WhatsApp o suficiente para cobrir os custos contínuos do metaverso.

Nova rede social

O balanço positivo da Meta vem algumas semanas depois que a empresa lançou sua nova marca para concorrer com o Twitter, Threads.

A plataforma ganhou 100 milhões de usuários em menos de uma semana após seu lançamento e, embora o engajamento dos usuários tenha caído, a Meta adicionou novos recursos ao aplicativo em um esforço para manter o fluxo.

Na ligação com analistas, Zuckerberg disse que “este é o melhor começo que podemos esperar” em relação ao Threads.

Com informações da CNN.

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