James Webb faz sua descoberta mais importante e bate um recorde

De acordo com os cientistas, a descoberta representa um marco importante na história do universo primitivo.

Imagem: Ilustração

A Universidade da Califórnia em Santa Cruz (EUA) informou na quinta-feira que um grupo internacional de astrônomos detectou, através de observações obtidas pela câmara de infravermelhos próximos (NIRCam) do Telescópio Espacial James Webb (JWST), as duas galáxias mais antigas e distantes conhecidas até a data.

São as galáxias identificadas como JADES-GS-z14-0 e JADES-GS-z14-1, que datam de uma época em que o universo tinha apenas 300 milhões de anos, uma pequena fração de sua idade atual, estimada em 13,8 bilhões de anos.

 “Essa descoberta é completamente inesperada e provavelmente será vista como a mais importante descoberta extragaláctica com o JWST até o momento”, disse o professor Brant Robertson.

Recorde da galáxia mais distante

O recorde anterior estabelecido pelo telescópio espacial foi em 2022, quando foi descoberta a galáxia JADES-GS-z13-0, que se formou “apenas” 320 milhões de anos após o Big Bang.

Agora, em um artigo publicado no serviço de pré-impressão arXiv, observa-se que a JADES-GS-z14-0 é a mais distante das duas galáxias detectadas recentemente, tornando-a digna do recorde de galáxia mais distante.

O objeto também é notável por seu tamanho (1.600 anos-luz de diâmetro) e brilho. “O tamanho da galáxia mostra claramente que a maior parte da luz é produzida por um grande número de estrelas jovens”, disse o pesquisador Daniel Eisenstein, observando que ela pareceria menor se os dois corpos celestes caíssem no buraco negro supermassivo em seu centro.

“Uma evidência surpreendente”

Por outro lado, os especialistas explicaram que o brilho intenso produzido por estrelas jovens faz da JADES-GS-z14-0 a “evidência mais surpreendente” já encontrada para a rápida formação de galáxias grandes e massivas no universo primitivo.

“Poderíamos ter detectado essa galáxia mesmo que ela fosse 10 vezes mais fraca, o que significa que poderíamos ver outros exemplos ainda mais cedo no universo, provavelmente nos primeiros 200 milhões de anos”, declarou Robertson.

O astrônomo Jake Helton acrescentou que, devido ao brilho observado da fonte JADES-GS-z14-0, pode-se estimar que essa galáxia poderia aumentar de tamanho “ao longo do tempo cósmico”. Ao mesmo tempo, eles não encontraram “nenhum análogo adequado das centenas de outras galáxias” que foram identificadas em “alto redshift” em sua investigação.

“É provável que os astrônomos encontrem muitas dessas galáxias luminosas com o JWST na próxima década, possivelmente até antes”, disse Helton, concluindo que a comunidade científica ficaria satisfeita em observar” a extraordinária diversidade de galáxias que existiam na aurora cósmica”.

*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da Nature Astronomy

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