Bancos adotarão reconhecimento facial em transações de rotina

Medida servirá para apaziguar consumidores que vem ficando assustados frente a relatos na internet

Há uns anos atrás perder uma carteira podia se tornar rapidamente uma dor de cabeça pois nela se encontravam documentos de identificação, cartões bancários e de vez em quando até mesmo um talão de cheque.

Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, quem carrega todas nossas informações mais sigilosas é o smartphone, e a mais recente onda de roubos e acessos aos aplicativos bancários vem botando medo nos cidadãos brasileiros.

Enquanto a quantidade de relatos de assaltos, seguidos de tomadas de empréstimos e esvaziamentos de contas através dos aplicativos bancários, que deveriam ser seguros, segue aumentando, muitas pessoas começaram a considerar a compra de um “celular do pix”.

Para contornar essa situação, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que seus membros irão começar a requerer a biometria facial do cliente para cada transação que for executada, independente do valor. Isto porque até mesmo uma transação pequena pode ser considerada de risco, visto que pode ser executada diversas vezes em sequência.

“Hoje, o criminoso procura adotar um comportamento semelhante ao do cliente, evitando transações de valor alto, para não chamar a atenção, o que faz com que a análise de padrões por valores transacionados já não seja suficiente”, disse Lee Waisler, superintendente-executivo de prevenção a fraude do Santander.

Segundo a Febraban, o Bradesco, a Caixa Econômica e o Itaú devem começar a implementar esse recurso a partir do segundo semestre deste ano, enquanto o Santander já oferece o recurso para suas contas de pessoas físicas.

Biometria comportamental

Outra ferramenta que está começando a ser implementada pelos bancos e operadoras de pagamento é a chamada “biometria comportamental”, isto é, a análise de comportamentos do usuário ao utilizar seu smartphone. “O ângulo no qual a pessoa segura o celular, a pressão exercida na digitação e os erros que costuma cometer ao digitar são mapeados para compor esse padrão, que complementa a biometria”, detalha Leonardo Linares, vice-presidente sênior de produtos e soluções da Mastercard Brasil.

Já Edson Ortega, vice-presidente de risco da Visa América Latina e Caribe, afirma que seu algoritmo de inteligência artificial é capaz de analisar uma média de 100 dados diferentes para cada transação. Entre eles está o tempo de uso entre as transações, que é bastante diferente entre o usuário e um fraudador.

Se a tecnologia for para frente, em breve a digitação da senha para autorizar uma transação se tornará uma mera formalidade.

As informações são do Yahoo.

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