‘Tenho vontade de mudar a história desse sobrenome porque tenho pavor por quem ele é lembrado’, diz Rodrigo Malafaia

O modelo Rodrigo Malafaia, de 31 anos, se casa nesta sexta-feira com o cantor Leandro Bueno, ex-participante do “The voice Brasil”, numa cerimônia que acontecerá em Mairiporã (SP), e será celebrada pelo ator e apresentador Vitor diCastro. Em entrevista ao UOL, ele falou sobre a união, que não terá a presença de seus parentes, e também sobre seu sobrenome, o mesmo do tio-avô, o pastor Silas Malafaia, ao qual deseja dar um novo significado:

— Tenho vontade de mudar a história desse sobrenome porque tenho pavor por quem ele é lembrado. Querendo ou não somos da mesma família. Eu não queria isso, pois acho ele uma das pessoas mais repugnantes da face da Terra.

Rodrigo, que cresceu numa família evangélica, disse não considerar o líder religioso um parente, já que a ligação dos dois é distante. O modelo afirmou que ele e Silas Malafaia nunca tiveram contato.

Segundo Rodrigo, no início da carreira ele não usava o sobrenome do tio-avô. Mas a opção pelo Malafaia veio da dificuldade de pronunciar seu outro sobrenome, Westermann.

— Não vou mudar o meu nome. Eu tinha essa vergonha, mas não tenho que ter vergonha de nada — afirmou.

Parentes não foram convidados

A festa de Rodrigo e Leandro deve contar com mais de 200 convidados. De acordo com o modelo, os dois já se consideram casados. Mas isso, afirmou, não anula a importância da cerimônia:

— Queremos celebrar por causa da representatividade. Ainda não é comum. Eu, por exemplo, nunca fui a um casamento gay. Vou pela primeira vez no meu. Isso quer dizer muita coisa.

O modelo revelou que não convidou nenhum parente para o casamento. Nem mesmo o irmão e O pai, que havia sido convidado para a cerimônia que teve que ser adiada por causa da pandemia de Covid-19.

— Ele respondeu para eu não fazer isso com ele, não colocá-lo nessa posição. Como se eu estivesse ofendendo-o. Ele me colocou como um merda por ter chamado ele para o meu casamento. Fiquei com muita raiva e disse que não queria mais que tivéssemos uma relação depois dessa resposta — contou.

Rodrigo disse sentir alívio com a ausência dos parentes:

— O meu irmão disse que até iria, mas que não seria padrinho. Ele disse que ser padrinho já seria demais. Já entendi que a minha família são os meus amigos, que são aqueles que me acolhem. Só quero que vá ao meu casamento quem realmente esteja vibrando por essa união. Os meus parentes acham que estou errado por ser gay.

Cerimônia intimista custou entre R$ 150 mil e R$ 200 mil

A celebração, segundo o modelo, terá oito horas e DJs em três ambientes. O custo foi entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.

— Não é uma fortuna por ser uma cerimônia intimista. Mas é bastante dinheiro — disse.

Quanto a filhos, Rodrigo diz ele e Leandro pretendem tê-los, mas não agora:

— Queremos esperar mais, até para ter uma maior estabilidade financeira. O primeiro pretendemos adotar. Tenho mais vontade de adotar do que de gerar. Com tantas crianças no mundo, eu me sentiria egoísta de gerar antes de adotar um filho.

As informações são do Jornal O Globo.

Sair da versão mobile