‘Síndrome de Havana’: moléstia foi relatada por mais de vinte americanos em Viena

Cerca de duas dúzidas de relatos de sintomas similares à misteriosa “Síndrome de Havana” foram feitos por diplomatas, agentes de inteligência e outros membros do governo na Embaixada dos Estados Unidos em Viena, na Áustria, de acordo com fontes próximas aos responsáveis.

Os novos relatos demonstram que os sintomas desconhecidos ainda estão acontecendo mesmo após a equipe de Segurança Nacional do presidente Joe Biden se comprometer a “dobrar” as investigações sobre o problema, que foi revelado pela revista The New Yorker.

Os funcionários impactados tiveram que ser evacuados de Viena para receberem tratamento médico nos Estados Unidos, afirmaram fontes próximas.

“Em coordenação com nossos parceiros do governo americano, estamos vigorosamente investigamento os relatos de possíveis Incidentes de Saúde Inexplicáveis (ISI) entre a comunidade da embaixada americana em Viena ou em quaisquer outros lugares”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. “Todo funcionário que sentir algum ISI irá receber cuidado médico imediato e apropriado”.

O Departamento de Estado montou um time de médicos para atender possíveis sintomas relatados a nível global e criou um mecanismo de triagem para padronizar o que foi informado a respeito desses incidentes, complementou o porta-voz.

Neste verão, o Departamento também implementou um programa piloto para “coletar informações pré-incidentes de nossos funcionários após um incidente ter sido reportado”, complementou. A colaboração com esse programa é opcional para diplomatas americanos, afirmaram diversos funcionários à CNN.

Ainda não está claro o que o Departento de Estado dos EUA está fazendo para proteger os funcionários da embaixada de Viena de potenciais ataques futuros, e existem desconfortos sobre uma falta de empenho no assunto.

Diplomatas que não estavam cientes sobre os relatos dos sintomas afirmaram à CNN que a situação pode influenciar nos locais em que eles desejarão servir no futuro, em especial para aqueles que têm filhos.

Segundo fontes, relatos de incidentes similares já aconteceram em outros lugares do mundo, mas Viena é até agora o único lugar que há um número considerável de casos concentrados.

O que é a Síndrome de Havana?
As vítimas da Síndrome de Havana relataram uma variedade de sintomas e sensações físicas, incluindo vertigens repentinas, náuseas, dores de cabeça e pressão na cabeça, às vezes acompanhadas por um “ruído perfurante”.

Alguns relataram ser capazes de “entrar” e “sair” dessas sensações ao se moverem para outro lugar. Outros têm sido diagnosticados com lesões cerebrais traumáticas e continuam a sofrer de dores de cabeça debilitantes e outros problemas de saúde anos mais tarde.

Desde que os incidentes começaram no final de 2016, em Cuba, investigadores do governo federal dos EUA têm lutado para determinar o que – ou quem – está causando os misteriosos sintomas.

As informações são da CNN.

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