Réveillon movimentará R$ 2 bilhões na economia do Rio. Veja impacto nos setores

O Réveillon de Copacabana volta a acontecer este ano, como era tradição — com show de fogos e apresentação musical —, após dois anos de intervalo por conta da pandemia da Covid-19. A estimativa é de reunir dois milhões de pessoas na festa, que promete impactar muito além das areias da praia, segundo levantamento do Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB/Visit.Rio) junto aos associados da entidade, movimentando R$ 2 bilhões na economia da cidade.

— A gente projeta resultados animadores para a economia do Rio, tendo como referência o nosso setor, que se recupera depois do choque provocado pela pandemia. Há um ano, a gente ainda sofria com o surto da variante ômicron. Agora, o cenário é distinto. O movimento nas principais atrações turísticas deve ter um incremento de 15% de público em relação ao ano passado.

Entre os dias 29 e 31, a ocupação da rede hoteleira vai superar os 95%. Outras projeções, como a de movimentação na Rodoviária do Rio, também revelam uma retomada a patamares próximos aos verificados em 2019. Esse conjunto de fatores indica expectativas otimistas para a virada — revela o presidente-executivo da entidade Carlos Werneck.

Entre as atrações turísticas que projetam crescimento de visitação estão Pão de Açúcar, Corcovado, Roda Gigante Yup Star, Museu do Amanhã, BioParque do Rio e AquaRio. No dia da virada, quatro transatlânticos estarão atracados no Píer Mauá, um a mais do que no último ano, informa a direção do terminal. As embarcações têm origem em Buenos Aires (ARG), Paraty (RJ), Ilha Grande (RJ) e Ilha Bela (SP) e reúnem cerca de 11 mil viajantes.Bares e restaurantes associados ao Rio CVB esperam números similares aos do ano passado. Já para shopping centers a estimativa é um crescimento de 40%.

De acordo com Alisson Mori, líder de Marketing do Shopping Nova América, a realização, pela primeira vez, de uma Copa do Mundo no fim do ano — o que provocou o fechamento das lojas por algumas horas —, atrapalhou um pouco este avanço. A projeção do shopping é crescer 15% em relação ao ano passado.

— Sem dúvida o cenário está mais favorável em relação ao ano passado. A produção das fábricas e a logística estão normalizadas na maior parte dos segmentos, o que possibilitou uma compra maior das lojas para manter os estoques abastecidos. Depois de uma Black Friday abaixo das expectativas e com o término da Copa, as vendas estão aceleradas e os estoques preparados para atender à demanda e finalizar um ano positivo com as tradicionais queimas de estoque pós-Natal — adianta Alisson Mori.

Hotéis mais ocupados por brasileiros

No dia da virada para 2022, os hotéis devem estar todos lotados. Uma diferença do cenário anterior à pandemia, no entanto, deve ser os idiomas ouvidos nos corredores.

— Esse novo comportamento dos viajantes de dentro do país, que decorre da pandemia, não vai voltar atrás. Veio para ficar. Hoje, 76% dos voos internacionais no Galeão do período pré-pandemia já retornaram. Portanto, ainda há espaço para recuperar esses 25% de turistas estrangeiros. E estamos atentos também a essa demanda — avalia Werneck.

De acordo com ele, os hotéis estão se preparando ao máximo para receber bem os visitantes. E a palavra de ordem para fidelizar os novos hóspedes deve ser sustentabilidade.

— A chegada do verão sempre é um momento muito especial. É hoje e sempre foi a época de maior ocupação no Rio de Janeiro. Muito treinamento foi feito, inclusive com muitas reformas, com foco na adoção de práticas de sustentabilidade. Isso é uma exigência dos hóspedes e eles querem ver isso nos hotéis. Os visitantes querem bom senso e respeito à sustentabilidade — orienta.

As informações são do Extra.

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