Pesquisa revela que castração pode prolongar a vida dos homens

O envelhecimento é uma das únicas certezas que temos ao longo da vida, e a ciência ainda não descobriu uma forma de prolongar a nossa existência. Uma nova pesquisa, no entanto, encontrou uma possível opção para que os homens ganhem mais expectativa de vida: a castração.

Segundo o estudo comandado pela Universidade de Otago, na Nova Zelândia, a castração de ovelhas machos retardou o envelhecimento do DNA do animal, e o mesmo pode ser feito com os humanos.

Victoria Sugrue, principal autora do estudo, conta que não só os cientistas, como os fazendeiros, já sabem que a castração de ovelhas machos faz com que eles vivam muito mais. “No entanto, esta é a primeira vez que alguém analisou o DNA para conferir se ele também pode envelhecer mais devagar”, disse a cientista.

Hoje, através do DNA, os cientistas conseguem estimar a idade de um ser humano e outros animais, e o novo estudo mostra que algumas ferramentas conseguem trazer mais detalhes sobre a velocidade do envelhecimento do DNA. Steve Horvath, co-autor do estudo, conta que a pesquisa descobriu uma forma de medir a idade biológica de uma quantidade ampla de mamíferos.

“Examinamos mais de 200 espécies até agora e descobrimos uma semelhança surpreendente em como os animais envelhecem. Mas o estudo com as ovelhas foi único por isolar de maneira específica os efeitos dos hormônios masculinos no envelhecimento”, diz o pesquisador.

Horvath conta também que descobriu que ovelhas machos e fêmeas contam com padrões diferentes de DNA, e que os machos castrados contam com características femininas em partes específicas.

Os locais mais afetados pela castração, segundo o estudo, estão relacionados aos receptores dos hormônios masculinos de humanos em uma taxa maior do que o esperado. Sendo assim, fica clara a ligação entre a castração, hormônios masculinos e diferenças específicas de cada sexo no envelhecimento do DNA.

A pesquisa não significa que humanos começarão a ser castrados para viver mais, mas as informações são úteis aos fazendeiros que poderão identificar quais ovelhas terão uma vida mais longa e produtiva. Na Nova Zelândia, inclusive, uma ovelha macho castrada batizada de Shrek viveu por 16 anos, seis a mais do que a expectativa para o animal.

O estudo foi publicado na revista científica eLife.

As informações são do Futurism.

Sair da versão mobile