Guerra na Ucrânia: Coca-Cola, Mondelez e outras empresas suspendem operações

Diversas empresas suspenderam ou limitaram a produção na Ucrânia depois que o país foi invadido pelas tropas militares russas nesta quinta-feira (24). Algumas companhias, inclusive, anunciaram que fecharão suas portas caso a guerra se agrave.

Dentre elas, está a Carlsberg, segunda maior cervejaria da Ucrânia, a Coca-Cola HBC, engarrafadora da empresa, a Mondelez, fabricante de salgadinhos, e a ArcelorMittal, fabricante de aço.

Confira abaixo o posicionamento de cada empresa, conforme noticiado pela CNN em parceria com a Reuters.

Coca-Cola HBC

As fábricas da companhia não funcionaram hoje e pediram que os funcionários que atuam na Ucrânia ficassem em casa.

“Vamos manter isso sob revisão nos próximos dias”, disse o porta-voz da empresa à Reuters.

Mondelez International Inc.

A empresa ameaçou encerrar suas operações na Ucrânia caso o conflito com a Rússia se torne “muito perigoso”. A informação foi compartilhada pelo CEO Dirk Van de Put à Reuters nesta quarta-feira (23).

“Temos grandes negócios nos dois países. Se isso significar que temos que fechar fábricas porque é muito perigoso, faremos isso”, anunciou, ao destacar que a segurança das pessoas é a prioridade número um.

ArcelorMittal

No Twitter, a fabricante de aço apontou estar “profundamente preocupada” com a situação na Ucrânia e que está fazendo planos para manter a segurança dos funcionários.

“A ArcelorMittal está profundamente preocupada com os desenvolvimentos na Ucrânia e o impacto potencial que isso terá sobre nossos colegas no país. Nossa prioridade é nosso pessoal e desenvolvemos planos para ajudá-los a permanecer seguros caso a situação se agrave dessa maneira”, tuitou.

Em relação à planta, a empresa está “trabalhando para reduzir a produção ao mínimo técnico e a produção será interrompida em nossas minas subterrâneas”.

Carlsberg

A cervejaria com 31% de participação de mercado na Ucrânia interrompeu as operações em duas fábricas na capital Kiev e na cidade de Zaporizhzhya, no sul. Há uma terceira planta, localizada na cidade ocidental de Lviv.

De acordo com um porta-voz, a empresa tomou “várias iniciativas na Ucrânia com o objetivo de cuidar da segurança de nossos funcionários no país”, disse à Reuters. Uma delas é pedir que fiquem em casa.
Aumento do Petróleo e queda nas Bolsas

Devido à operação militar anunciada pela Rússia contra a Ucrânia, o preço do barril de petróleo ultrapassou US$ 100 pela primeira vez desde 2014.

O petróleo Brent, referência no mercado internacional, foi cotado a US$ 101,97, às 7h36 no horário de Brasília. Ontem, a commoditie fechou o dia em US$ 94,05. Já o petróleo norte-americano WTI (West Texas Intermediate) teve alta de 8,66%, cotado a US$ 100,08.

A decisão do presidente russo, Vladimir Putin, também afetou a Bolsa de Valores de países no mundo inteiro. Dentre elas, estão a dos Estados Unidos, Moscou, Frankfurt, Paris, Londres, Tóquio e Hong Kong.

Neste primeiro dia de invasão, foram captadas fotos de veículos militares da Rússia cruzando as fronteiras da Ucrânia, estragos causados por mísseis, pessoas feridas, fuga em massa por estradas e ferrovias, filas em caixas eletrônicos, voos civis cancelados e moradores procurando abrigos subterrâneos.

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