Erro de reconhecimento facial leva a prisão de homem negro

Tecnologia indicou que o homem seria responsável por roubo de bolsas; ele chegou a ficar preso durante uma semana

O uso de tecnologia de reconhecimento facial levou a polícia de Louisiana a prender um homem negro da Georgia de forma equivocada.

Em meio a uma busca pelo responsável por roubo de bolsas, a polícia realizou a prisão de um homem negro que não cometeu nenhum roubo. O equivoco aconteceu pela correspondência incorreta da tecnologia de reconhecimento facial utilizada pelas autoridades.

Randal Reid foi preso após um mandado de prisão dizer que ele seria um dos três responsáveis pelo roubo de bolsas de luxo que aconteceu em junho em uma loja de Metairie, conforme relatou o advogado da vítima, Tommy Calogero.

Sua prisão aconteceu em 25 de novembro, enquanto dirigia a caminho de uma celebração de Dia de Ação de Graças com sua mãe.

“Eles me disseram que eu tinha um mandado de Jefferson Parish. Eu disse: ‘O que é Jefferson Parish?’”, disse Reid. “Nunca estive na Louisiana um dia sequer em minha vida. Então eles me disseram que era por roubo. Portanto, não apenas não estive na Louisiana, como também não roubo”, disse Reid.

Ele foi solto depois de uma semana de prisão em 1 de dezembro, após a polícia reconhecer que ele não era culpado pelo crime. Calogero observa que as autoridades entenderam que ele não era o responsável pelo crime cometido ao perceber que Reid tinha uma tatuagem de toupeira no rosto, e uma diferença de 18 quilos estimada entre ele e o ladrão gravado pelas câmeras de segurança.

Os sistemas de reconhecimento facial são duramente criticados por serem utilizados como recursos de monitoramento de massa justamente por equívocos como esse.

No Brasil, o projeto “Smart Sampa” que pretende iniciar a implementação de monitoração da população em trens e metrô, foi suspenso após diversas críticas por seu potencial de discriminar pessoas pela cor de pele. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) disse que o projeto foi suspenso para corrigir “eventuais pontos”.

Com informações do Olhar Digital.

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