Com proibição a mulheres, China permite apenas homens vestidos com lingeries em propagandas

Legislação considera a presença feminina com roupas íntimas em ações de publicidade on-line como disseminação de ‘conteúdo obsceno’

As mulheres chinesas foram proibidas de exibir o corpo, mesmo que a trabalho, em vídeos ao vivo para venda de roupas íntimas nas redes sociais. Agora, para que o conteúdo não seja derrubado, apenas homens podem aparecer vestidos com as lingeries.

Os vídeos com mulheres começaram a ser derrubados pelo algoritmo do país. Segundo a legislação, a aparição de mulheres com lingeries em ações publicitárias é considerada disseminação de “conteúdo obsceno”.

A saída encontrada pelos empresários do ramo foi contratar homens para substituir as mulheres fazendo o mesmo papel nas propagandas. Eles vestem as lingeries e as exibem na tela. Um dos vídeos mostra um rapaz com uma lingerie preta. Outro, um homem com uma lingerie rosa.

O proprietário de uma marca de roupas chinesas afirmou à CNN que a intenção da contratação de homens não é ser sarcástico. “Todos estão levando muito a sério o cumprimento das regras”, diz o empresário.

A contratação de modelos masculinos para representar em conteúdos publicitários que seriam direcionados ao público feminino não é nada novo na China. Há, aliás, quem faça carreira no ramo, como o influencer Austin Li Jiaqi.

Segundo a CNN, Jiaqi ficou conhecido, em 2018, como o “Rei do Batom”. Na ocasião, Austin vendeu cerca de 15 mil batons em apenas cinco minutos.

Com informações do Jornal O GLOBO.

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