Capitã Cloroquina: a médica do Ministério da Saúde responsável por recomendar remédios sem eficácia contra Covid

médica Mayra Pinheiro é o principal nome no Ministério da Saúde

Mayra Pinheiro (Foto: Reprodução/Twitter)

A médica Mayra Pinheiro é o principal nome no Ministério da Saúde responsável pelas incessantes recomendações de remédios sem eficácia contra a covid-19, como hidroxicloroquina e cloroquina.

Secretária de gestão do Trabalho, ela assinou o ofício encaminhado a Manaus em que afirma que era “inadmissível” a não utilização dessas drogas. Também partiu dela a iniciativa do TrateCov, página na internet que orienta a administração de cloroquina e antibióticos até para dor de barriga de bebê.

Ela foi nomeada em janeiro de 2019, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta, por indicação da ala ideológica do governo. A médica ganhou visibilidade em 2013, quando foi até o aeroporto hostilizar cubanos que participavam de curso do programa Mais Médicos. No entanto, a pasta tem um documento oficial orientando a administração de hidroxicloroquina e de outras substâncias comprovadamente ineficazes contra o vírus.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Mandetta afirmou que sempre a considerou tecnicamente inferior aos demais e por isso deu a ela poucas atribuições, em um cargo de “menor valência”. Todos os projetos passados a ela eram em parceria, para que fosse monitorada. O jornal diz também que secretários de Saúde reclamam há algum tempo da presença dela no ministério.

Na gestão de Eduardo Pazuello, atual ministro da Saúde, Mayra passou a integrar a linha de frente do ministério. Em Manaus, ela defendeu explicitamente o uso da cloroquina, “a despeito da imprensa”, que, segundo ela, “desinforma”.

Na entrevista ao lado do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse que era representante de Pazuello. Dias depois, o ministro da Saúde afirmou que o Ministério da Saúde não tem protocolo sobre uso de medicamentos como a hidroxicloroquina contra a covid-19.

Em maio, Mayra declarou que profissionais de saúde que se recusassem a disponibilizar cloroquina para seus pacientes poderiam ser julgados por omissão de socorro.

Ela convidou dez médicos defensores dos medicamentos com ineficácia comprovada contra covid-19 para uma viagem a Manaus, com todas as despesas pagas pelo Ministério da Saúde. O objetivo era fazer uma ronda nas unidades de saúde da cidade e reforçar aos profissionais de saúde que deveriam ministrar hidroxicloroquina e ivermectina para seus pacientes com coronavírus.

As informações são do Yahoo.

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