Aparelho de R$ 6,4 mil para tratar impotência sexual começa a ser vendido

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O dispositivo tem a forma em 'V' com alças de cada lado e um orifício no centro onde o homem é orientado a colocar o pênis — Foto: Divulgação/ Vertica

Um dispositivo que parece um console de videogame começará a ser vendido na Europa no próximo mês por cerca de R$ 6,4 mil com promessa de ajudar os homens a vencerem a disfunção erétil. Segundo os especialistas da Ohh-Med Medical, a start-up com sede em Israel por trás do dispositivo, ele mantém o pênis ereto e o atinge por 30 minutos com ondas de rádio de baixa frequência para regenerar o tecido.

Um estudo mostrou que nove em cada 10 homens impotentes que experimentaram o dispositivo, chamado de Vertica, conseguiram uma melhoria na sua função erétil em apenas duas semanas. O aparelho é voltado para homens de 40 a 85 anos e não apresenta danos colaterais, a não ser uma sensação de calor, que os técnicos dizem não ser um problema.

Para que um homem fique ereto, os vasos que transportam sangue para o pênis precisam se dilatar para que mais sangue chegue até a região e ele incha, no entanto, para quem sofre de disfunção erétil, esses vasos não conseguem dilatar, e o sangue pode não chegar ou até vazar para outras regiões, impedindo uma ereção ou dificultando sua manutenção. A Ohh-Med Medical afirma que seu dispositivo pode consertar isso.

O dispositivo tem a forma em V com alças de cada lado e um orifício no centro onde o homem é orientado a colocar o pênis. Os eletrodos neste anel fornecem “energia de radiofrequência”, que aquece suavemente o pênis e seus tecidos internos. Segundo a empresa, ele estimula e regenera as fibras de colágeno, de modo que o pênis se torna “vital e forte” e bloqueia o fluxo de sangue para fora do pênis.

O Vertica também desencadeia o “novo crescimento dos vasos sanguíneos” e dilata os vasos sanguíneos do pênis, o que melhora o fluxo sanguíneo. Como medida de segurança, todos os eletrodos do aparelho possuem um termômetro embutido configurado para interromper imediatamente a descarga de energia sempre que o nível de temperatura da pele atingir 40ºC.

Segundo os pesquisadores, os homens são aconselhados a usar o dispositivo três vezes por semana, por 30 minutos cada, no primeiro mês, antes de passar para duas vezes por semana.

“Vertica é um dispositivo médico simples e fácil de usar, indolor e não invasivo, projetado para melhorar a disfunção erétil de longo prazo em homens, no conforto de sua própria casa. Ele atende a uma necessidade significativa não atendida no mercado de saúde sexual masculina de uma solução eficaz e duradoura que realmente trate a causa raiz da disfunção erétil, em vez de apenas o sintoma”, afirma o fundador da Ohh-Med Medical, Daniel Lischinsky.

Um estudo financiado pela empresa e realizado por cientistas do Rambam Healthcare Campus em Haifa, Israel, sugeriu que o Vertica tem uma taxa de sucesso de 89%. Isso porque, eles fizeram um ensaio clínico com 28 homens com idades entre 41 e 78 anos e que tinham disfunção erétil leve ou leve a moderada, por dois meses. Cada um usou o aparelho duas vezes por semana no primeiro mês e uma vez no segundo.

Os resultados mostraram que 14 dos homens atingiram a função erétil “normal” em dois meses, enquanto apenas três foram “considerados fracassos”, disseram os cientistas.

Os pesquisadores alegaram que os homens não relataram quaisquer efeitos colaterais. No entanto, reconhecem que o estudo é pequeno.

O dispositivo começará a ser vendido na Europa no próximo mês por cerca de R$ 6,4 mil — Foto: Divulgação/ Vertica

O Vertica já recebeu o selo de aprovação na Europa, atendendo aos requisitos gerais de segurança e desempenho de todos os regulamentos europeus de dispositivos médicos — um requisito legal para comercialização na UE. Uma decisão da Food and Drug Administration (FDA), que policia a segurança de medicamentos e dispositivos médicos nos EUA, é esperada para o início de 2024.

Estima-se que a disfunção erétil afeta 4,3 milhões de homens no Reino Unido, incluindo metade de todos os homens com idade entre 40 e 70 anos.

A incapacidade de obter ou manter uma ereção pode ser resultado de níveis elevados de colesterol ou pressão arterial não diagnosticados ou até mesmo um sinal de alerta de doença cardiovascular, de acordo com especialistas.

Ocorre com mais frequência entre homens mais velhos devido a mudanças relacionadas à idade que o corpo sofre, como declínio natural dos níveis de testosterona, músculos pélvicos enfraquecidos e perda da função nervosa que ajuda o cérebro a se comunicar com outros sistemas do corpo, o que leva a uma ereção.

Nos homens mais jovens, a origem do problema costuma ser psicológica. A ansiedade de desempenho e os altos níveis de estresse podem afetar o delicado equilíbrio dos hormônios no corpo e o funcionamento do sistema nervoso.

Com informações do Jornal O GLOBO.

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