Al Qaeda divulga vídeo com seu líder, nos 20 anos do 11 de setembro

Sucessor de Osama bin Laden aparece em vídeo conclamando seguidores para guerra contra o Ocidente

Por ocasião do 20º aniversário dos atentados ao World Trade Center de Nova York e ao Pentágono, a rede terrorista Al Qaeda divulgou neste sábado (11), nas redes sociais uma mensagem em vídeo em que seu líder, Aiman al-Sawahiri, incita à luta contra o Ocidente.

Desde o fim de 2020 circulam boatos sobre a suposta morte do sucessor de Osama bin Laden. Segundo analistas, contudo, o novo vídeo de 60 minutos conteria indícios de que ele ainda estaria vivo pelo menos no começo do ano corrente.

Ao conclamar seus adeptos a combaterem as nações do Ocidente e suas aliadas, Al-Sawahiri menciona a ofensiva de 1º de janeiro contra as Forças Armadas russas no noroeste da Síria, aponta a diretora do Site Intelligence Group, Rita Katz, num tuíte. A ONG americana busca e analisa propaganda de grupos extremista e jihadistas na internet.

O líder de origem egípcia também se refere à retirada dos militares americanos do Afeganistão, afirmando que os Estados Unidos deixaram o país “quebrado e derrotado”, após 20 anos de guerra. No entanto ele não menciona a vitória e a tomada de poder pelo militante islamista Talibã, aliado da Al Qaeda.

US$ 25 milhões pela cabeça de Al-Sawahiri

Quanto aos atentados do 11 de Setembro, eles teriam sido “uma ferida” como os EUA jamais haviam sofrido, prossegue o fundamentalista. Ele tacha a aproximação de alguns Estados árabes a Israel como uma “traição”. Trata-se de uma referência à decisão dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos, em 2020, de normalizarem suas relações com os israelenses.

Aiman al-Sawahiri é o sucessor de Osama bin Laden, considerado o mentor dos atentados aéreos terroristas de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas de Nova York e ao Pentágono, que deixaram 3 mil vítimas, e morto em 2011 por uma unidade especial das Forças Armadas americanas.

Os EUA colocaram a cabeça de Al-Sawahiri a prêmio por 25 milhões de dólares. Especialistas partem de princípio que ele sempre esteve escondido na região de fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

As informações são da DW.

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