Operação Tempestade Al-Aqsa e o ataque massivo de Israel à Faixa de Gaza

Jornalista Pepe Escobar analisa origem e consequências da guerra; Eurodeputado diz que EUA e União Europeia são cúmplices de Israel

Um dos mais experientes analistas da geopolítica global, o jornalista Pepe Escobar iniciou o Pepe Café, um podcast para a agência de notícias russa, Sputnik News, com reprodução na playlist VIU Podcast, do Portal VIU! no Youtube.

Neste primeiro episódio, Escobar analisa a Operação Tempestade de Al-Aqsa, deflagrada pelo grupo palestino Hamas contra a ocupação israelense, seguido dos ataque genocidas de Israel visando uma limpeza étnica na Faixa de Gaza.

Escobar analisa o contexto que gerou o ataque do Hamas, além das consequências imediatas, no médio e longo prazo.

“[…] Tudo que restou como resistência palestina foi este ataque muito bem coordenado e muito bem organizado e no fundo desesperado… um escape da prisão gigantesca para conseguir armamentos, conseguir reféns e voltar entrincheirados em Gaza, embora sobre alguns corpos de guerrilheiros em alguns pontos do território ocupado por Israel e na Faixa de Gaza […] destaca Escobar. Confira o Podcast completo.

Eurodeputado diz que EUA e UE são cúmplices

Pelo mundo, o ataque israelense enfrenta reações e manifestações públicas condenando o genocídio. O eurodeputado irlandês, Mick Wallace, acusou os EUA e União Europeia (UE) de serem cúmplices de Israel nos ataques.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que também já pediu o fim do conflito, chegou a comparar o ataque de Israel ao cerco promovido pelo exército na nazista à Leningrado, durante a 2ª Guerra Mundial.

“Parem com o genocídio que está sendo realizado pelo Estado de Israel do apartheid contra o povo da Palestina. Isso não poderia acontecer sem a cumplicidade do Império dos EUA e da União Europeia”, disse Mick Wallace, por meio de uma postagem em sua conta na rede social X (antigo Twitter), neste sábado (14).

O membro do Parlamento Europeu (PE) também criticou na sexta-feira a UE por não condenar os ataques israelenses indiscriminados e a morte de civis em Gaza.

“A recusa da UE em condenar as ações de Israel nos torna cúmplices. Estamos dando permissão a Israel para cometer genocídio contra o povo de Gaza”, repudiou.

Em um vídeo compartilhado, Wallace referiu-se à morte de centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, na Faixa de Gaza durante ataques israelitas e questionou se a UE se preocupa com os direitos humanos e acredita que o assassínio de civis é um ato indefensável, porque é que a apoia diretamente na Faixa de Gaza.

O eurodeputado denunciou que Israel cortou eletricidade, comida e água aos palestinos em Gaza, descrita como uma “prisão a céu aberto”.

“Esta é uma punição coletiva que é considerada um crime de guerra sob o direito internacional. Israel está bombardeando massivamente Gaza, o que equivale ao massacre indiscriminado de civis inocentes”, enfatizou.

Wallace então questionou a União Europeia por realizar um evento na quarta-feira para homenagear as mortes israelenses durante o conflito em curso, perguntando: “Por que eles não homenageiam as vidas perdidas em ambos os lados, de Israel e Gaza? Vidas palestinas não importam?”

O regime israelita está a cometer os massacres contra civis ao lançar ataques indiscriminados a Gaza durante o conflito em curso que começou no sábado passado, além de impor “um cerco total” ao enclave, privando os residentes da área de água, eletricidade, comida e combustível como um “castigo coletivo”, que segundo a ONG Human Rights Watch (HRW), É “um crime de guerra”.

O Ministério da Saúde palestiniano anunciou neste sábado que o número de mortos na agressão israelita contra a Faixa de Gaza subiu para 2215.8714 mártires e feridos.

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