Veja quais empresas romperam parceria com Kanye West após polêmicas do rapper

Desde que publicou comentários antissemitas em suas redes, empresas parceiras ficaram sob pressão para tomar medidas contra artista

Nas últimas semanas, varejistas, plataformas de mídia social, celebridades e empresas de moda e entretenimento se afastaram das alianças comerciais com o rapper Ye, também conhecido como Kanye West, que tornou-se um ímã de controvérsia.

No início de outubro, Ye vestiu uma camiseta “White Lives Matter” (Vidas Brancas Importam, na tradução) e vestiu várias modelos negras com roupas com a mesma frase em seu desfile YZY na semana de moda de Paris; o slogan foi vinculado pela Liga Antidifamação à Klu Klux Klan.

Em um episódio de podcast de 45 minutos “Drink Champs” exibido no início deste mês, o rapper fez vários comentários que causaram repercussões financeiras reais para ele e seus parceiros de marca.

No podcast, West disse: “Posso dizer coisas antissemitas, e a Adidas não pode me abandonar. E agora?” Ele também sugeriu que George Floyd morreu de overdose de fentanil em vez de brutalidade policial. E repetiu várias teorias de conspiração antissemitas, reafirmando-as em outras entrevistas.

Desde os comentários antissemitas de Ye, as empresas ficaram sob pressão para tomar mais medidas contra ele. Aqui estão as empresas que já cortaram laços com o cantor.

Adidas
Na segunda-feira (24), a Adidas encerrou sua parceria com Kanye West, com “efeito imediato”.

Em um comunicado, a fabricante de roupas esportivas disse que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio” e disse que seus comentários recentes foram “inaceitáveis, odiosos e perigosos”.

A Adidas disse que eles violaram os “valores de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça” da empresa.

As vendas e a produção de seus produtos da marca Yeezy pararam, assim como os pagamentos a Ye e suas empresas. A Adidas disse que terá um impacto de US$ 246 milhões em suas vendas no quarto trimestre.

Gap
O rapper disse que estava encerrando seu relacionamento conturbado de dois anos com a Gap em 15 de setembro, citando “descumprimento substancial”.

Ye disse que “não teve escolha a não ser encerrar sua colaboração”, alegando que a empresa não abriu lojas da marca Yeezy e distribuiu sua mercadoria como planejado, disse seu advogado em comunicado.

“A forma como trabalhamos juntos para entregar essa visão não está alinhada. E estamos decidindo encerrar a parceria”, disse Mark Breitbard, presidente e CEO da Gap Brand, em um e-mail interno.

A princípio, a Gap disse que os itens existentes continuariam a ser vendidos – incluindo as próximas coleções no outono e no primeiro semestre de 2023, mas reverteu essa decisão hoje.

Instagram
Um porta-voz do Meta disse que o conteúdo da conta de West no Instagram foi excluído por violar as políticas da empresa e uma restrição foi colocada em sua conta, também em 7 de outubro. Embora a plataforma não tenha especificado o conteúdo, West compartilhou um post que foi criticado como antissemita.

O rapper voltou ao Twitter depois de quase dois anos longe da plataforma de mídia social – e também não durou muito.

Twitter
O Twitter bloqueou sua conta após um tuite também antissemita publicado em 8 de outubro.

No tuite removido, West disse que estava “indo contra a morte no 3 [sic] On JEWISH PEOPLE”, e também que “vocês brincaram comigo e tentaram acabar com qualquer um que se opusesse à sua agenda”, sem especificar a que grupo que ele estava abordando, de acordo com os registros da Wayback Machine do Internet Archive obtidos pela CNN.

Balenciaga
Os comentários antissemitas de West também foram a gota d’água para a grife de luxo Balenciaga, que rompeu os laços no fim de semana passado. Ele havia colaborado com a empresa para uma linha muito popular da Yeezy Gap no início deste ano.

“A Balenciaga não tem mais nenhum relacionamento nem planos para projetos futuros relacionados a este artista”, disse Kering, companhia controladora da Balenciaga, em comunicado ao WWD.

Creative Artists Agency
A agência de talentos norte-americana com sede em Los Angeles, Califórnia, disse à CNN na segunda-feira que Ye não é mais cliente.

As informações são da CNN.

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