Soldados ucranianos se casam no meio das trincheiras da guerra

Em meio ao medo e a dor pela guerra com a Rússia, um casal de militares ucranianos resolveu se casar no campo de batalha, conforme revelou a Guarda Nacional da Ucrânia nesta terça-feira (8).

O órgão divulgou fotos da cerimônia que celebrou a união de Oleksandr e Olena. Até como medida de segurança, nem o sobrenome e nem a localização de onde ocorreu o casamento foi revelado.

As imagens mostram os soldados ucranianos se beijando entre as trincheiras e oficializando a união com outros militares exercendo as funções de padrinhos e de celebrante.

Este é o segundo casamento praticamente seguido de combatentes ucranianos em meio à guerra. No último domingo, Lesya e Valeriy oficializaram a união em uma barreira localizada em Kiev.

Os dois são soldados do batalhão de defesa da cidade, cercada a distância por tropas russas. Eles já viviam juntos, mas decidiram oficializar a união.

Uma das testemunhas era o prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, que acompanhou o casório e cumprimentou os noivos.
Ucrânia acusa russos de descumprirem acordo

A Ucrânia começou a retirar civis das cidades de Sumy, no nordeste do país, e de Irpin, próxima da capital Kiev, nesta terça. Segundo o governo ucraniano, no entanto, há violações da Rússia mesmo nos chamados corredores humanitários.

A Rússia havia declarado um cessar-fogo na terça-feira para cinco cidades ucranianas, incluindo Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol. Na noite de segunda-feira (7), porém, Sumy foi bombardeada pelos russos, deixando ao menos 21 mortos.

Em Kiev, relatos dão conta de que a operação de trens na capital está funcionando nesta terça-feira com trens saindo e chegando. Os que partem estão lotados, e os que chegam estão praticamente vazios.

Na estação de Kiev, uma mulher afirmou que a cidade “está segura”, mas que nos arredores, como em Irpin, de onde ela fugiu com a mãe na noite de segunda-feira (7), há insegurança e medo de próximos ataques russos.

Segundo o jornal New York Times, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky alegou que o fracasso em abrir corredores humanitários para evacuar milhares de pessoas foi uma tragédia agravada pelo fato de o país não ter armas para se proteger de uma enxurrada de mísseis e bombardeios aéreos.

“A culpa por cada morte de cada pessoa na Ucrânia por ataques aéreos e em cidades bloqueadas [devido aos corredores humanitários] é do Estado russo, dos militares russos”, disse ele.

As informações são do Yahoo.

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