Irã, Arábia Saudita, Egito, Argentina e Emirados Árabes ganham força para entrar nos Brics, dizem fontes

Reunião de líderes avança para convidar os cinco países; Indonésia pode entrar num segundo momento

integrantes dos brics

Lula participa da cúpula do Brics, que acontece em Joanesburgo Imagem: Divulgação/Presidência

Cinco países estão prestes a ser convidados para entrar no bloco dos Brics: Irã, Arábia Saudita, Egito, Argentina e Emirados Árabes.

Segundo apurou a CNN, as candidaturas desses países ganharam muita força durante uma reunião privada dos atuais líderes do grupo, na noite de terça-feira (22), durante a 15ª cúpula dos Brics, em Joanesburgo, na África do Sul.

A Indonésia também deve ser convidada, mas o governo do país deve adiar sua adesão porque está presidindo este ano a Associação dos Países do Sudoeste Asiático (Asean).

Segundo fontes do governo brasileiro, todos os países devem entrar no bloco como membros plenos, com os mesmos direitos dos países originários: Brasil, Rússia, Índia e China – e da África do Sul, que se incorporou em 2011.

O Brasil defendeu a entrada da Argentina, parceiro comercial no Mercosul. É possível que a África do Sul defenda a entrada de mais um país africano, além do Egito, uma das principais nações do Oriente Médio.

A decisão de ampliar o grupo contempla os interesses da China e da Rússia, que pretendem usar os Brics como uma espécie de contraponto ao G7, liderado pelos Estados Unidos, e a outras entidades de governança global.

A ideia da ampliação vinha sendo discutida há anos, mas tomou grande impulso recentemente por conta da disputa geopolítica cada vez mais acirrada entre China e Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, e pelo isolamento da Rússia por causa da invasão da Ucrânia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, negou que a intenção dos Brics seja a de fazer contraponto a qualquer outro grupo, seja “o G-7, o G-20 ou mesmo os Estados Unidos”

Uma fonte muito próxima de Lula também disse que o principal interesse dos Brics é defender os interesses do grupo dentro de uma ordem global que vem mudando com muita rapidez e se transformando num mundo multipolar.

Um dos pedidos do Brasil para aceitar a entrada de novos membros era uma declaração clara da China e da Rússia de que defendem que o país tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Segundo a mesma fonte, houve avanços com relação à linguagem de uma declaração conjunta nesse sentido.

Mas é muito pouco provável que os chineses façam uma declaração inequívoca nesse sentido –especialmente pelas diferenças que tem com a índia, outro país candidato ao Conselho de Segurança.

 

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