Guerra contra o Hamas vai durar ‘muitos meses, pelo menos’, diz Israel

Segundo Conselheiro de Segurança Nacional do governo israelense, conflito ainda ocorrerá ao longo de 2024 e poderá se estender até 2025.

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Caminhão com ajuda humanitária trafega por píer temporário construído pelos Estados Unidos na Faixa de Gaza, em maio de 2024. — Foto: Exército dos Estados Unidos via Reuters

A guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza ainda vai durar, “pelo menos, muitos meses”, afirmou nesta quarta-feira (29) o conselheiro nacional de Segurança Nacional do governo de Israel, Tzachi Hanegbi.

Hanegbi afirmou que a previsão é que os combates em Gaza continuem ao longo de 2024, podendo se prolongar até o ano seguinte.

Esta foi a primeira vez que o governo israelense deu alguma perspectiva sobre a duração da guerra. No fim de abril, ao reafirmar que seu Exército entraria em Rafah, no extremo sul de Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sugeriu que a conquista da cidade seria a etapa final da guerra.

Nesta quarta, o conselheiro de Segurança Nacional disse que os militares de Israel avançaram sobre Rafah e já controlam atualmente 75% do corredor de Philadelphi, uma zona tampão entre Gaza e o Egito.

“Dentro de Gaza, as IDF (Forças de Defesa de Israel) controlam agora 75% do corredor de Philadephi e acredito que controlarão tudo com o tempo. Juntamente com os egípcios, devemos garantir que o contrabando de armas seja evitado.” ele disse à emissora pública de Israel Kan.

As previsões feitas pelo conselheiro acontecem na semana em que um ataque de Israel a um acampamento de pessoas que haviam sido deslocadas em Rafah deixou 45 mortos.

A morte de crianças, mulheres e idosos no episódio levou a uma forte condenação de diversos países ao redor do mundo, incluindo tradicionais aliados de Israel, como a França.

O Exército de Israel alegou que as mortes ocorreram por um incêndio “inesperado e não intencional” após os militares bombardearem um alvo com terroristas do Hamas próximo ao acampamento.

“Após o ataque, devido a circunstâncias imprevistas e de forma trágica, infelizmente começou um incêndio que ceifou a vida de civis de Gaza nas proximidades. Fizemos todos os esforços para minimizar o número de vítimas civis durante o ataque, e o incêndio que eclodiu foi inesperado e não intencional. Foi um incidente devastador que não esperávamos. Estamos investigando o que causou o incêndio que resultou nesta trágica perda de vidas”, disse o porta-voz das Forças Armadas, Daniel Hagari.

Pier quebrado

O cais construído pelos Estados Unidos na costa de Gaza para a entrada de ajuda humanitária na costa da Faixa de Gaza foi temporariamente removido após uma parte da estrutura se romper.

O anúncio foi feito pelo Pentágono na terça-feira (28). A porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, disse que uma parte da estrutura flutuante se separou e que o píer seria rebocado para o porto de Ashdod, em Israel, para reparos. O conserto deve durar uma semana, ainda de acordo com Singh.

A instalação do cais, que estava em funcionamento havia duas semanas, foi anunciada em março pelo presidente dos EUA, Joe Biden, como uma forma de ajudar a escoar o envio de ajuda humanitária.

Desde que o cais iniciou as suas operações, a Organização das Nações Unidas (ONU) transportou para dentro de Gaza 137 caminhões de ajuda vinda de navios atracados no cais, segundo um porta-voz do Programa Alimentar Mundial da ONU.

As informações são do g1.

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