EUA alertam para possível uso de armas químicas pela Rússia

Os Estados Unidos alertaram para a possibilidade de a Rússia utilizar armas químicas ou biológicas em sua invasão à Ucrânia. A Casa Branca também negou acusações de que Kiev estaria produzindo tais armamentos ilegais em seu território.

A porta-voz do Ministério russo do Exterior, Maria Zakharova, afirmou, sem apresentar provas, que a Ucrânia teria laboratórios para a produção de armas químicas, com o apoio dos EUA.

A Casa Branca rejeitou as acusações, que qualificou como “absurdas”, e afirmou que Moscou estaria tentando encobrir suas próprias intenções de utilizar armas de destruição em massa em solo ucraniano.

“Isso é, obviamente, um complô russo para justificar seu ataque injustificado, premeditado e não provocado à Ucrânia”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

“Agora que a Rússia faz essas alegações falsas, com a China aparentemente apoiando essa propaganda, devemos todos ficar em alerta para o possível uso de armas químicas ou biológicas por parte da Rússia, ou para operações de ‘bandeira falsa’ para justificá-lo.”

Revolta após bombardeio russo atingir hospital infantil e maternidade em Maruipol

O prefeito de Mariupol afirmou que 1.027 civis morreram durante o cerco à cidade por parte das forças russas, que já dura nove dias. As informações foram confirmadas pelas autoridades locais.

Horas antes, um bombardeio aéreo russo causou graves danos a um hospital infantil e maternidade, ferindo ao menos 17 pessoas.

A fachada do edifício foi destruída por uma série de explosões que arrebentaram as janelas, colocando em risco crianças e mulheres grávidas.

O ataque foi condenado pelo presidente Zelensky como uma “atrocidade” e um “crime de guerra”, em meio a relatos sobre crianças retiradas dos escombros.

“Há poucas coisas mais depravadas do que atingir os vulneráveis e indefesos”, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Ele disse que o presidente russo, Vladimir Putin, “será punido por seus crimes terríveis”.

A Casa Branca condenou o ataque como um ato de barbárie. “É terrível ver esse tipo de uso barbárico de força militar para perseguir civis inocentes em um país soberano”, afirmou a porta-voz do presidente Joe Biden, Jen Psaki.

O prefeito da cidade, Vadym Boichenko, se disse “com o coração cheio de raiva”, em mensagem de vídeo. “Hoje, a Rússia, liderada pelo presidente Putin, realizou um ataque aéreo a uma cidade pacífica, atingindo um hospital infantil.”

“Eles querem tirar o que mais valorizamos em Mariupol: as vidas de nossas crianças, nossas mulheres, nossos médicos”, afirmou. Ele reforçou o pedido para que os parceiros internacionais imponham uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia. “Vamos persistir até o fim”, declarou Boichenko.

As autoridades da cidade portuária afirmam que os nove dias de bombardeios deixaram a população de mais de 400 mil pessoas “sem luz, água, aquecimento e comunicações”.

Vários esforços de evacuação fracassaram em Mariupol, enquanto a cidade vive uma grave crise humanitária. Uma rota planejada para a retirada de civis que os levaria até a cidade de Zaporíjia, ainda está minada. (AFP, AP)

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