Brasileiros podem pedir visto para buscar trabalho em Portugal

Especialistas já notam falta de vagas para solicitar nova categoria, que deve impulsionar imigração para o país sem mão de obra

Os brasileiros já podem pedir os novos vistos para nômades digitais e procura de trabalho em Portugal.

As duas novas categorias ficaram disponíveis para todos no último domingo, uma semana depois do prazo previsto.

O visto para buscar trabalho era uma promessa antiga do governo do primeiro-ministro socialista António Costa.

Deixada de lado sucessivamente ao longo dos anos, finalmente saiu do papel após pressão de empresários de diversos setores.

O país sofre sem mão de obra, como o Portugal Giro mostrou. Há milhares de vagas no turismo, construção civil e tecnologia.

Milhares de brasileiros entram no país todos os dias como turistas e tentam obter a residência via contrato de trabalho.

O movimento é incerto e deixa milhares no limbo: têm trabalho e pagam impostos, mas vivem anos à espera da autorização de residência.

O visto para buscar trabalho protege o imigrante durante os seis meses de prazo máximo para procurar trabalho no país.

Especialistas indicam que a comunidade brasileira, a maior entre os estrangeiros, deverá ganhar um impulso significativo.

Porém, o novo visto seleciona previamente os possíveis trabalhadores ao exigir pouco mais de R$ 10 mil para entrada no país.

Quem não tiver a quantia pode recorrer ao representante legal. Mas grande parte dos candidatos não conhece ninguém em Portugal.

O formulário está no site da empresa VFS Global. O pedido pode ser feito online, mas os documentos devem ser remetidos em papel.

O atendimento também pode ser presencial. Ao tentar marcar uma data em São Paulo, o advogado Fábio Pimentel não encontrou vaga:

— O centro da VSF em São Paulo atende a cinco estados. E para estes brasileiros não há horários disponíveis para atendimento presencial.

O candidato também deverá preencher uma declaração de interesse no Instituto do Emprego e Formação de Portugal.

O formulário para nômades digitais está disponível no site da empresa terceirizada. Era uma demanda antiga.

As informações são do Jornal O GLOBO.

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