Agentes têm faturamento recorde em comissões em 2023; Fifa em pé de guerra

Remunerações em transferências de jogadores somam R$ 4,4 bilhões no mesmo ano em que entidade impôs obrigatoriedade de licença e teto sobre comissões

Fifa recebeu mais de 6500 aplicações para a licença de agente de futebol — Foto: Divulgação / Fifa

Os agentes faturaram um valor recorde de US$ 888,1 milhões (R$ 4,4 bilhões) em comissões em transferências no futebol em 2023, de acordo com um relatório da Fifa divulgado nesta quinta-feira. Trata-se também de um aumento de 42,5% em relação ao ano passado, o que agrava a preocupação da entidade com o cenário.

O recorde anterior de comissões recebidas pelos agentes era de US$ 654,7 milhões em 2019. Os ganhos de 2023 são 35,6% maiores do que a antiga marca.

No início deste ano, a Fifa introduziu novos regulamentos para agentes de futebol (FFAR). Dentre as regras, o programa os obriga a obter uma licença para exercerem a profissão e impõe um teto sobre as comissões, variando de 3% a 6% do salário anual do jogador (no caso de representar o atleta ou o clube comprador) ou de 10% sobre as taxas de transferência (se representar o clube vendedor).

Tal iniciativa foi mal recebida pelos agentes, que vêm questionando a interferência da Fifa no valor das comissões. Apesar de a Corte Arbitral do Esporte (CAS) ter validado a obrigatoriedade da licença, tribunais da justiça comum na Alemanha e na Inglaterra já tomaram decisões contra o teto.

As licenças para ser agente de futebol haviam sido abolidas em 2015, mas voltarão a ser obrigatórias desde o dia 1º de outubro de 2023.

Com informações do GE.

 

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