Wagner Moura sobre atores em filme: ‘Bando de gente carente’

Wagner Moura

(foto: divulgação)

Ultimo filme inédito de Domingos Oliveira, diretor, ator, escritor e dramaturgo, morto em março de 2019, “Os 8 magníficos” é uma grande celebração ao ofício de atuar. O documentário, que chega aos cinemas no próximo dia 10, também é uma oportunidade de conhecer um pouco sobre a personalidade e o processo criativo de atores como Fernanda Torres, Wagner Moura, Maria Ribeiro, Mateus Solano, Sophie Charlotte, Eduardo Moscovis, Carolina Dieckmann e Alexandre Nero.

De escolas de interpretação diferentes (“uma salada de frutas de atores”, define Fernanda), eles são os tais dos oito magníficos que intitulam o filme. O longa se passa num almoço de domingo, regado a camarão, rosbife uísque e vinho, no apartamento de Maria, em São Conrado. Enquanto trocam ideias sobre sua arte, eles fazem jogos cênicos.

A gente descobre, por exemplo, o talento de Eduardo Moscovis para interpretar um cachorro. Com direito a rabo abanando e fungada no cangote de Wagner Moura. “Ator é isso”, diz Fernanda, entre risos, diante da performance. Também ficamos sabendo que Mateus Solano adora ter um diretor por perto (“gosto desse pai na profissão”, define), enquanto Alexandre Nero não curte ser dirigido e tem pavor de improviso. “Se ator fosse o que a gente está fazendo aqui, eu não viveria disso na vida”, desabafa Nero.

Mas a base de tudo é a disponibilidade das pessoas em se expor com franqueza. “Tenho a sensação de que só sei fazer variações da minha personalidade, e isso eu não sei se é ser ator”, confessa Maria Ribeiro. Em outras passagens, Wagner define os atores como “um bando de gente carente” e Fernanda Torres rouba a cena com um improviso curioso…

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