Samuel L. Jackson parte em jornada pessoal em série sobre escravidão

Samuel L Jackson

Samuel L. Jackson produz e apresenta a série Escravidão: Uma História de Injustiça (Foto: Divulgação)

Uma nova minissérie documental da National Geographic conta a história da escravidão por meio de viagens pelo mundo. O apresentador é o ator Samuel L. Jackson, que parte em uma jornada pessoal para encontrar vestígios de sua ancestralidade. Escravidão: Uma História de Injustiça é produzida pelo artista e será transmitida todas as sextas-feiras, às 21h, a partir do dia 20 de novembro, data que se celebra o Dia da Consciência Negra.

Dirigida por Simcha Jacobovici, jornalista investigativo três vezes premiado com o Emmy, a série é composta por seis episódios de uma hora. As sequências buscam esclarecer os quatro séculos de escravidão em que milhões de africanos foram enviados às Américas por traficantes da Europa Ocidental. Mais de 12 milhões de pessoas foram sequestradas e escravizadas e pelo menos dois milhões morreram no mar.

A excursão da equipe inclui localidades no Brasil, Canadá, Costa Rica, Gabão, Estados Unidos, Inglaterra, Jamaica, Portugal, Espanha, Gana, Etiópia e Suriname. Em seis áreas subaquáticas, um grupo experiente de mergulhadores em alto-mar encontra seis navios que afundaram com escravos a bordo. Enquanto isso, em terra, os especialistas investigam locais como os fortes e as masmorras de Gana, as mansões da Inglaterra e as antigas plantações americanas.

Logo no primeiro episódio é possível acompanhar buscas pelo navio negreiro “Guerreiro”, que afundou com escravos em um de seus percursos. Os cientistas usam evidênvias históricas combinadas com equipamentos de alta tecnologia para localizar os destroços do barco, revelando seu trajeto, a história do comércio transatlântico de escravos e as condições daqueles que passaram por torturas e sofrimento.

Durante a narrativa, é possível conhecer a rica cultura dos povos africanos que foi, em parte, perdida ao longo do tempo. Essas raízes, documentadas em forma de rituais, danças, músicas, vestimentas e festas, evoca não só a importância do resgate dessa memória como também de uma reflexão sobre o racismo — tema que não sai de pauta em um ano marcado pelo movimento Black Lives Matter.

Sensível e inspiradora, as filmagens ganham corpo ao mostrar investigações, vestígios de artefatos encontrados por historiadores, relatórios e reconstruções dramáticas. Tudo isso, combinado com relatos pessoais — tanto aqueles que foram escravizados quanto seus captores europeus —, ressalta que o conhecimento sobre a escravidão é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

As informações são da Galileu.

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