Vacina de Oxford começa a ser distribuída para os 92 municípios do RJ

Vacina de Oxford distribução

Distribuição segue logística da operação com a CoronaVac, na semana passada. (Foto: Divulgação)

O Rio de Janeiro iniciou nesta segunda-feira (25) a distribuição de 176.220 doses da vacina Oxford/AstraZeneca para os 92 municípios do estado.

A distribuição, que começou no início da manhã, segue a logística da operação com a CoronaVac, realizada na semana passada.

O imunizante sai da Coordenação-Geral de Armazenagem (CGA) da Secretaria de Saúde, em Niterói, na Região Metropolitana. Seis aeronaves levam as vacinas para 88 cidades.

Os municípios do Rio, Niterói, São Gonçalo e Maricá vão receber a vacina por transporte terrestre. Os caminhões começaram a ser carregados a partir das 7h.

O governo informou que 4,8% das doses ficarão sob a guarda da Secretaria Estadual de Saúde, como reserva estratégica. De acordo com o governo, a reserva é para atender aos municípios em casos de eventuais perdas.

Os dois milhões de doses vieram da Índia e chegaram ao Brasil na última sexta-feira (22), e foram analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) antes da liberação para todo o Brasil.

Vacinação na capital
Na capital, a previsão é começar a aplicar 75 mil doses na próxima quarta-feira (27). Serão vacinados os profissionais de saúde acima de 60 anos de Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde.

As vacinas são destinadas ao público prioritário, conforme orientação do Ministério da Saúde. Veja detalhes sobre prioridades mais abaixo na reportagem.

A cidade do Rio vacinou, até as 16h45 de sábado (23), 53.144 pessoas na etapa 1, com doses do imunizante CoronaVac.

Sem retenção de doses
Ao contrário da CoronaVac, todas as doses da Oxford/AstraZeneca serão aplicadas neste momento — não serão feitas reservas para segunda dose. A medida foi tomada tendo em vista que a aplicação da segunda dose pode ser realizada em 90 dias após a primeira.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que enviou um ofício aos municípios recomendando uma busca ativa para levantar casos de idosos e deficientes vivendo em instituições que não estejam cadastradas no Ministério da Saúde e, por isso, possam não ter recebido ainda doses da CoronaVac.

O documento solicita ainda que os gestores municipais comuniquem à Subsecretaria de Vigilância em Saúde possíveis divergências.

As vacinas chegaram ao Rio na noite de sexta-feira (23) e foram analisadas pela Fiocruz. De lá, elas seguiram na tarde de sábado (23) para um centro de separação das doses para serem distribuídas para os estados. No total, foram 4 mil caixas, com 50 frascos e 500 doses da vacina.

As vacinas de Oxford começaram a ser aplicadas simbolicamente também no sábado na Fiocruz. Os primeiros vacinados foram o infectologista Estevão Portela e a pneumologista Margareth Dalcolmo. De ascendência indiana, Sarah Ananda Gomes também foi imunizada.

Grupo prioritário
As recomendações do Ministério da Saúde são para que, neste momento, seja priorizada a vacinação dos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus.

Além disso, idosos residentes em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência em residências inclusivas (institucionalizadas) e a população indígena vivendo em terras indígenas também fazem parte do grupo prioritário.

A lista de prioridades do governo é extensa, e as secretarias estaduais de saúde têm autonomia para definir de que forma – e em que ordem – os grupos listados poderão ser vacinados.

A vacina de Oxford não é a única disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), que já vem sendo distribuída no país. Cerca de 10 milhões de doses da CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac com o Instituto Butantan (SP), foram distribuídas e são aplicadas em todo o território nacional.

Segundo o ministério, atualmente, o Brasil tem mais de 354 milhões de doses de vacinas garantidas para 2021, por meio dos acordos com a Fiocruz (254 milhões de doses), Butantan (100 milhões de doses) e Covax Facility (42,5 milhões de doses).

As informações são do G1.

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