PF faz operação contra empresa de Cabo Frio envolvida em fraudes com criptomoedas

Agentes da Polícia Federal deflagraram nesta quarta-feira (25) a operação ‘Kryptos’, contra donos de uma empresa responsável por fraudes envolvendo o mercado de criptomoedas. A PF cumpre sete mandados de prisão preventiva e outros dois de prisão temporária. Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, com sede em Cabo Frio, foi preso em uma casa de alto padrão, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital.

Na casa de Glaidson, agentes encontraram mais de R$ 20 milhões em espécie, em diferentes moedas, além de barras de ouro e carros importados, como um Porsche e uma BMW. Diversas malas e até um carro-forte foi necessário para recolher o dinheiro da residência e encaminhá-lo à sede da Polícia Federal.

A operação da Polícia Federal é em conjunto com o Gaeco, do Ministério Público Federal, e com a Receita Federal. Segundo as investigações, a empresa com sede em Cabo Frio é responsável por um esquema de pirâmide chamado ‘ponzi’, que prometia um “insustentável retorno financeiro sobre o valor investido”. A GAS Consultoria atuava no mercado de criptomoedas.

Nos últimos seis anos, as empresas envolvidas nas fraudes movimentaram cifras bilionárias, e 50% da movimentação aconteceu no último ano, segundo a Polícia Federal.

Além das nove prisões expedidas pela 3ª Vara Criminal, agentes também cumprem 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, e São Paulo, além do Distrito Federal.

Os investigados devem responder por gestão fraudulenta/temerária instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. As penas podem chegar a até 26 anos de prisão.

Na casa de Glaidson, agentes encontraram mais de R$ 20 milhões em espécie (Foto: Divulgação)

Disputa no mercado de criptomoedas em Cabo Frio gerou assassinato
No dia 4 de agosto, o investidor de criptomoedas e trader de criptoativos, Wesley Pessano, de 19 anos, foi assassinado em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, dentro de um Porsche. Pessano ostentava carros de luxo e viagens nas redes sociais. O jovem também usava seu perfil no Instagram, onde tinha 131 mil seguidores, para compartilhar o retorno financeiro rápido que tinha com seu trabalho. “Prazer, máquina de fazer dinheiro”, se apresentou Wesley em uma foto.

Instagram, onde tinha 131 mil seguidores, para compartilhar o retorno financeiro rápido que tinha com seu trabalho. “Prazer, máquina de fazer dinheiro”, se apresentou Wesley em uma foto.

Agentes da Polícia Civil conseguiram prender três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato. Os investigadores acreditam que a morte do investidor possa estar por trás de pelo menos três tentativas de assassinato em Cabo Frio, entre março e julho. Uma disputa de empresas por clientes de criptomoedas motivaria os crimes.

As informações são do Jornal O Dia.

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