Durante entrevista ao programa Direto da Redação nesta quarta-feira (14), o médico e ex-prefeito de Macaé (RJ), Dr. Aluízio Júnior, pontuou que os riscos no atual momento de epidemia não estão restritos à dengue.
Ele destaca que o sistema de saúde enfrenta os efeitos de uma grande tempestade viral, que inclui “dengue, covid-19 e gripe influenza”.
Neste ambiente ele alerta que alguns pacientes podem apresentar quadros de coinfecção, ou seja, ser infectado ao mesmo tempo por dengue e covid-19, por exemplo, ou dengue e gripe influenza. Este quadro clínico aumenta o risco de morte.
“Tem vírus da gripe circulando, vírus da dengue circulando e vírus da covid-19 circulando. Nada impede que tudo isso se associe no cenário, reunindo um misto de várias viroses ao mesmo tempo. É um quadro que acaba criando um paciente altamente crítico, sobrecarregando a assistência e gerando falta de qualidade no atendimento”, disse.
O médico é um crítico do que considera falhas na administração pública ante a um quadro epidemiológico sazonal que exige vigilância e prevenção permanente. A situação se agravou a tal, segundo destaca, que a prevenção ainda é necessária, mas diante do agravamento chegou-se a um estágio que é necessário organizar a assistência para evitar mortes.
“A dengue é uma doença previsível. Não é razoável perder pacientes por causa desta doença. Há um tempo para cuidar deste paciente. Quando a situação é grave no estágio de atendimento médico, é de difícil manejo. Quando desce a cascata do choque é muito difícil de reverter”, alerta.