Faraó dos Bitcoins: Justiça do Rio decreta prisão preventiva de ex-garçom por estelionato

Preso a nove meses pela Polícia Federal por fraude contra o sistema financeiro, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o ex-garçom e empresário Glaidson Acácio dos Santos teve mais um mandado de prisão expedido, desta vez pela Justiça do Rio. No último dia 19 de maio, a juíza em exercício Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, da 4ª Vara Criminal de Niterói, emitiu a ordem de detenção preventiva.

Há ainda outros dois mandados de prisão contra ele, sendo um como mandante do assassinato do investidor Wesley Pessano, em julho de 2021 em São Pedro da Aldeia, na região dos Lagos, e outro pela tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, seu concorrente. A vítima resistiu ao ataque, mas ficou cega e paraplégica.

À 76ª DP, a vítima relatou que recebeu um pagamento no valor de R$ 3 mil e em agosto Glaidson foi preso na operação da Polícia Federal. Desde então, segundo ela, não recebeu comunicação da empresa e nem sabe se irá receber o dinheiro investido.

No despacho da juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, as informações da mulher são suficientes para a expedição de um novo mandado de prisão contra o empresário.

“Está demonstrada pelo acervo informativo já recrutado, que também abriga indícios suficientes da autoria em desfavor do acusado, devendo ser observado os inúmeros processos que tramitam em nosso judiciário tanto na esfera cível quanto criminal seja da justiça estadual como federal”, escreveu a magistrada, que ainda destacou os golpes dado por Glaidson.

“(…) por intermédio da pessoa jurídica por ele constituído, lesou economicamente diversas vítimas, sendo certo que tais fatos foram e continuam sendo amplamente divulgados na imprensa, e inúmeras vítimas continuam aparecendo dia após dia. Tais aspectos indiciam a periculosidade do acusado que, solto, acarreta evidente ameaça à ordem pública. Além disso, essa medida também se faz necessária para que se assegure a adequada instrução criminal e a futura aplicação da lei penal, eis que, solto, decerto causará temor às vítimas e ainda atrapalhar o bom andamento do processo, tendo em vista o seu reconhecido poder financeiro”.

A juíza considera que há uma quadrilha especializada em “pirâmide financeira”, operando no mercado de criptomoedas e especulação. Eles promete aos clientes o pagamento de rendimentos mensais de 10% sobre o capital investido num período de três anos.

As informações são do Extra.

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