Empresas de gás natural do Norte Fluminense participam de reunião do programa Industrializa RJ

Plataforma de Petróleo

Foto: Reprodução

Representantes de 15 organizações com atuação em empreendimentos de gás natural no Norte Fluminense participaram de uma reunião do programa do Governo do Estado voltado para desenvolver políticas públicas para o setor, o Industrializa RJ. Esta foi a segunda reunião do programa e aconteceu em formato online nesta segunda-feira (24).

De acordo com o Governo do Estado, o programa tem como principal objetivo promover a reindustrialização do estado do Rio a partir da crescente oferta de gás natural. O encontro online foi coordenado pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Leonardo Soares.

“O programa conta com um período de consulta pública, em que as empresas poderão se manifestar formalmente e informar os principais entraves para seus investimentos. A ideia é que esse mapa do Estado com as principais barreiras e dificuldades para os novos investimentos seja utilizado na definição de novas políticas públicas”, explicou o secretário.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) projetaram que a produção de gás no Brasil vai dobrar na próxima década. Atualmente, o Rio de Janeiro já responde por 61,2% da produção nacional.

O CEO da Porto do Açu Operações, José Firmo, destacou a importância do gás na ampliação da industrialização do Rio de Janeiro

“Estamos vivendo, sem dúvida alguma, um momento histórico na indústria do gás. As oportunidades são realmente extraordinárias. O nosso objetivo no Açu é fazer com que o gás produzido no Rio faça, primeiro, o estado crescer e, depois, o resto do país”, disse Firmo.

Para o executivo do Açu, diferentes segmentos industriais poderão se beneficiar do gás, como a demanda por fertilizantes pelo agronegócio nacional, que atualmente é suprida por importações.

“A demanda de gás é diretamente vinculada ao custo final. O Rio está bem posicionado em três frentes: molécula do gás, transporte e distribuição. O estado tende a ser mais competitivo, pois a demanda está próxima da oferta” avaliou o gerente de gás da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), Adriano Lorenzon.

Apesar de considerar o Porto do Açu um projeto muito competitivo, o CEO do Grupo Vale Azul/Tepor, Fabiano Crespo, apontou dois gargalos para o desenvolvimento do Norte Fluminense: “É necessário complementar a duplicação da BR-101 e construir a estrada de ferro 118”, disse ele.

O consultor de Relações Institucionais da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), Gilson Coelho, viu como importantíssima a reunião do programa Industrializa RJ. “Consideramos um marco decisivo. No Norte Fluminense, há uma infraestrutura industrial consolidada. O país precisa dessa iniciativa”, avaliou.

O superintendente de Petróleo e Gás Natural da EPE, Marcos Frederico Souza, lembrou que a produção de gás do Rio pode representar a de um país. Também participaram da reunião representantes do BNDES, Petrobras, Shell, Rede Petro, IBP, Siemens, SPE Brasil, British Petroleum, TAG, Gás Natural Açu (GNA), Marlim Azul Energia, EDF Norte Fluminense, Abegás, Abividro e da Codin.

A primeira reunião do Industrializa RJ foi realizada no dia 11 de maio com representantes de empreendimentos dos diversos projetos de gás no estado foi focada na região do Porto de Itaguaí.

As informações são do G1.

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