Depois de atravessar uma recente crise financeira, a Prefeitura de Cardoso Moreira (RJ), no Norte Fluminense, retomou o ciclo de gastos milionários.
O município está contratando uma empresa por mais de R$ 1,5 milhão para queimar ossadas humanas. O projeto básico inclui o recolhimento, transporte e incineração de restos mortais.
Como diz o dito popular ecoado da região de Quilombo, na zona rural, “dia de muito (desperdício) é véspera de nenhum”.
No ano passado, a prefeita da cidade, Geane Vincler, promoveu um festival de gastos milionários com shows, o que levou o Ministério Público Estadual (MP-RJ), a divulgar uma recomendação para que os artistas não recebessem pagamentos de cachês provenientes de recursos dos royalties do petróleo. Cardoso Moreira recebe repasses na condição de município limítrofe.
Os shows, ainda assim, foram realizados e logo depois o município adotou um plano de contingência em função da falta de recursos para despesas básicas. Faltou dinheiro até para pagar o custo de energia e telefone. Com isso, durante vários meses vários setores da Prefeitura funcionaram em meio expediente, de 7h às 13h, visando a redução de despesas.
Sob o governo de Geane, Cardoso Moreira é um cemitério de sonhos. Nas farmácias básicas faltam medicamentos controlados e até mesmo dipirona. Para muitos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a única forma de se obter atendimento é por meio de ações judiciais.