Águas do Paraíba e o mensalão da imprensa

Águas do Paraíba - concessionária de saneamento praticando crime ambiental

Sede da empresa Águas do Paraíba | Foto: Reprodução

As rachaduras na imagem da concessionária Águas do Paraíba, na cidade de Campos (RJ), tem origem na cobrança de taxas abusivas e deficiências crônicas no serviço de recolhimento e tratamento de esgoto. 

Mas existem fatores adicionais. A relação da concessionária com as novas mídias é inexistente e o principal assessor da empresa na cidade, o jornalista Adelfran Lacerda, tem dificuldades insuperáveis com profissionais da área. 

A coisa é tão ruim, que diante de uma Câmara de Vereadores desgastada, o parlamentar Álvaro Oliveira (PSD), autor da ação judicial que deflagrou um mandado de busca e apreensão na sede da concessionária, está com a avaliação em alta, juntamente com os demais parlamentares de oposição autores de um pedido de CPI no legislativo.  

Isso quer dizer o seguinte: bater em Águas do Paraíba dá votos e audiência, ainda que as emissoras de TVs locais adotem o silêncio em troca da verbas publicitárias. 

Contudo, é trágico uma empresa contabilizar um lucro líquido de R$ 52,7 milhões e não saber se comunicar diante de um formato de comunicação de massa moderno. 

Águas do Paraíba está viciada na doutrina pagar para calar. Ou seja, joga dinheiro na mídia velha e acha que está tudo resolvido. É assim desde que passou a operar na cidade na década de 90. Fala-se em mensalão da imprensa. 

Só que com o novo conceito de mídia digital e jornalismo investigativo, negociar o silêncio é carta fora do baralho.

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