Corpos de gestante e bebê arrancado da barriga em Macaé são enterrados em Carapebus

Os corpos da gestante Pâmella Ferreira Andrade Martins e do bebê dela foram enterrados na manhã desta sexta-feira (19) no Cemitério Bosque das Acácias, em Carapebus, no interior do Rio.

Pâmella estava grávida de oito meses e foi encontrada morta nesta quarta-feira (17) dentro do banheiro de casa, em Macaé, com diversos cortes pelo corpo e com a barriga cortada. O bebê foi arrancado da barriga dela.

Uma mulher foi presa suspeita de cometer o crime depois de ter dado entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade com o bebê já morto.

A família disse que Pâmella conheceu a suspeita pelas redes sociais e que as duas mantinham uma amizade havia poucos meses. À polícia, a suspeita disse que conhecia Pâmella da época da escola.

Bebê precisou ser registrado
O laudo do IML apontou que a gestante morreu por hemorragia torácica devido a uma perfuração no coração. O bebê morreu por asfixia por broncoaspiração com o líquido amniótico. A família confirmou o resultado do IML.

Por ter nascido com vida, o bebê precisou ser registrado para que o sepultamento fosse realizado. A mãe e a irmã de Pâmella registraram o menino como Ícaro.

Os corpos foram sepultados por volta das 9h, com a presença de familiares e amigos da família. O crime chocou a comunidade Nova Holanda.

Pâmella Ferreira Andrade Martins tinha 21 anos e estava grávida de 8 meses. — Foto: Arquivo pessoal

Investigações

A Polícia Civil abriu investigação para apurar se a mulher presa atuou sozinha ou se teve a ajuda de outra pessoa para cometer o crime. Quando deu entrada na UPA com a criança, ela disse que estava grávida e que havia tido um parto espontâneo em casa. Afirmou ainda que, quando saiu de casa, caiu da escada com o bebê no colo.

A equipe médica desconfiou dessa versão e, após realizar exames de ultrassonografia e Beta HCG, identificou que a mulher não estava grávida – nem poderia ter estado grávida nos últimos três meses.

A polícia, então, foi chamada.

“Ela disse que tinha encomendado a criança, mas não imaginava que fosse matar alguém para conseguir essa criança. E achou que a intermediária ia pegar de uma pessoa que não teria condições de criar a criança”, disse o delegado responsável pelo caso, Márcio Caldas.

Durante revista na bolsa da suspeita, a polícia encontrou objetos sujos de sangue e uma chave. Quando chegaram à casa da vítima, os policiais identificaram que as chaves abriam o cadeado e o portão de acesso do local do crime.

As informações são do G1.

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