Tradicional ‘malhação de Judas’ tem bonecos representando Putin e vírus da Covid-19 em Belém

Dezenas de moradores voltaram a se reunir no bairro da Cremação, onde malhação ocorre há 50 anos e estava suspensa por causa da pandemia

A tradicional brincadeira de Malhação de Judas, realizada em muitas regiões do país no sábado de Aleluia por pessoas ligadas à religião católica, voltou a ocorrer nas ruas de Belém, após dois anos suspensa por causa da pandemia.

Teve festa para crianças, música e os bonecos que são malhados pela população tiveram representações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em protesto contra a guerra na Ucrânia, do vírus da Covid, além do tradicional boneco de Judas, que teria traído Jesus antes da crucificação.

Neste sábado (16), a malhação, quando as pessoas se reúnem e batem no boneco até que ele seja destruído, teve também apresentações musicais, distribuição de doces,cama elástica e palhaços para crianças. Na sexta-feira (15) houve velório de Judas.

Dezenas de moradores se reuniram no bairro da Cremação, onde a Malhação ocorre há mais de 50 anos. Os participantes puderam celebrar sem máscara, que foi desobrigada em locais abertos em Belém, com o avanço da vacinação.

Malhação de Judas levou multidão às ruas no bairro Cremação, em Belém — Foto: Mácio Ferreira/Prefeitura de Belém

“Essa é uma festa tradicional e familiar. Eu trago todos os anos meus filhos para mostrar a eles essa tradição do nosso bairro”, diz Cézar de Souza, morador do bairro há mais de 20 anos, que levou a mulher e os filhos no evento.

A malhação no bairro da Cremação é tradicional, reunindo moradores e também quem é deoutros bairros da região metropolitana de Belém. Este ano, teve apoio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), com palco, som, iluminação e agentes de segurança.

“A Malhação de Judas é um exemplo da cultura popular em Belém há mais de 60 anos, que remonta as tradições do período colonial. É importante preservar a cultura popular e incentivá-la”, informou o presidente da Fumbel, Michel Pinho.

As informações são do g1.

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