Sócios e diretores da Americanas sabiam do rombo, afirma especialista

O presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, afirmou que dificilmente a antiga diretoria da Americanas, e seus investidores majoritários, não tinham ciência dos problemas financeiros da varejista. Valporto descreveu o ato como uma “fraude monumental”. As informações são da CNN Brasil.

A Abradin entrou com uma denúncia da Americanas à CVM pelos supostos indícios de desvio e fraude por parte da empresa. Para Valporto, em sua investigação própria já foram encontradas “evidências de que havia desvio de caixa não apenas erros contábeis”. “Estes serviriam para acobertar aqueles”, afirmou. O banco BTG Pactual também entrou com uma peça junto à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro contra a empresa.

“É muito improvável que um golpe desse tamanho ocorra sem que houvesse ciência da antiga diretoria da Americanas e dos ditos acionistas de referência”. Ambos acusam o trio da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, de estarem envolvidos no esquema.

Após o anúncio do rombo, feito por Sergio Rial dez dias após tomar posse, analistas começaram a investigar a venda de ações por parte da diretoria e dos sócios da empresa. Mais de R$ 210 milhões em ações teriam sido embolsados no segundo semestre de 2022, após o anúncio da troca de diretoria.

Para Valporto, o caso ocorre em meio a uma recuperação da confiança no mercado financeiro do Brasil pelos investidores. “Usaram o eufemismo de ‘inconsistência contábil’ para tentar minimizar uma fraude monumental contra os acionistas minoritários e o mercado de capitais brasileiro”, disse.

“Isso tem o condão de afastar investidores do mercado de capitais, que, apesar de ter um giro elevado, ainda é muito incipiente como fomentador da economia e esse tipo de evento vem a prejudicar muito mais do que os investidores da Americanas, e sim toda a economia nacional.”

As informações são do Yahoo.

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