O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, celebra a chegada do coração de Dom Pedro I ao Brasil nesta segunda-feira (22), e diz que o órgão conservado há quase 187 anos deve ser tratado “como se o imperador estivesse vivo”.
Com chegada prevista para às 9h30 da manhã desta segunda, na Base Aérea de Brasília, o órgão será trazido da cidade do Porto, em Portugal, onde é guardado na igreja de Nossa Senhora da Lapa, em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil.
O órgão é transportado na cabine de passageiros de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), acompanhado por três autoridades portuguesas, além de um representante do governo brasileiro
O Itamaraty não informou o custo da operação para trazer o coração até Brasília, onde ficará exposto, no Palácio do Ministério das Relações Exteriores.
A Polícia Federal (PF) vai monitorar a segurança durante toda a permanência, além das Forças Armadas. De acordo com o chefe do cerimonial do Itamaraty, o coração será recebido com honrarias.
“Será tratado como se Dom Pedro I fosse vivo entre nós, não é? Portanto, ele será objeto de todas as medidas que se costumam atribuir a uma visita oficial, uma visita de Estado, de um soberano estrangeiro, no caso de um soberano brasileiro ao Brasil”, diz Alan Coelho Séllos.
No último sábado (20), ainda no Porto, antes da viagem ao Brasil, houve a primeira exposição aberta ao público do coração de Dom Pedro I.
Quando chegar a Brasília, o órgão será levado da Base Aérea para o Palácio do Itamaraty “de modo silencioso”, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Após isso, o órgão ficará “em repouso”, até ser exposto na sala Santiago Dantas. Ele ficará dentro de uma cripta e será levado de volta para Portugal no dia 8 de setembro.