Queiroga defende fala de Bolsonaro de que vacinados poderiam virar “jacaré”: “Excelente comunicador”

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a fala do presidente Jair Bolsonaro a respeito do termo de responsabilização no contrato com a Pfizer. Em sua transmissão semanal nas redes sociais, em dezembro, Bolsonaro afirmou, em tom de piada, que as pessoas que se vacinassem poderiam virar “jacaré”.

“O presidente é excelente comunicador e tem uma maneira própria de se comunicar com a população brasileira. Talvez quando o presidente falou isso, ele estava alertando acerca da importância de se verificar segurança não só das vacinas, mas de todos os medicamentos”, disse o ministro, em entrevista ao jornal O Globo.

“Cada um tem a forma de se comunicar. Ele é excelente comunicador. O presidente é o maior ativo do enfrentamento à pandemia de Covid-19. Ele me deu autonomia para montar equipe técnica à frente do ministério, e abrimos um diálogo bem maior com a comunidade científica”.

Queiroga afirmou também que o Ministério da Saúde prepara um protocolo com orientações sobre os medicamentos sem eficácia contra a covid-19 que estão sendo usadas pelos médicos no país.

Na entrevista, o ministro disse que medicamentos como a cloroquina, incluída no tratamento precoce com aval do governo, estarão descritos de acordo com o que já disponível sobre seu uso até o momento. Segundo ele, no caso da cloroquina, há estudos “observacionais”.

“Várias medicações foram aventadas entre elas essas que você citou (cloroquina e ivermectina). Hoje há consenso amplo de que essa medicação em pacientes com Covid grave, em grau avançado, não tem ação, embora em pacientes no estágio inicial, existem alguns estudos observacionais que mostram alguns benefícios desses dois fármacos que você citou. É uma questão técnica que médicos avaliam e, aí, tomam a decisão em relação à prescrição”.

Marcelo Queiroga ainda afirmou que não foi o presidente que atrasou a compra de vacinas, mas que o modelo brasileiro exigia aprovação prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Só podemos ofertar vacinas para a população brasileira depois que as vacinas conseguem registro da Anvisa. O que houve não é uma questão do governo, é algo relacionado ao estado brasileiro. O Ministério da Saúde não pode interferir na atuação regulatória da Anvisa”, declarou.

Em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que vai apurar ações e omissões do governo de Jair Bolsonaro no combate à covid-19, o atual ministro diz que não tem o que temer.

As informações são do Yahoo.

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