Provável que SARS-CoV-2 se torne endêmico no Brasil, alerta virologista

Provavelmente o SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, se tornará endêmico no Brasil, mas conforme a vacinação avançar o país poderá levantar algumas restrições que atualmente estão em vigor, segundo virologista ouvida pela Sputnik Brasil.

O diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, disse nesta quinta-feira (22) que a pandemia da COVID-19 deve se estender até 2023. A declaração foi dada em entrevista ao portal Poder360.

Para a virologista Giliane Trindade, professora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, a declaração de Palácios é verdadeira.

“Pensando na emergência das novas variantes, do que isso pode representar para a proteção das pessoas vacinadas, eu imagino que essa pandemia vá se estender”, disse.
O Brasil enfrenta a pior fase da pandemia da COVID-19, mesmo com a vacinação já iniciada. Nesta sexta-feira (23), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a faixa etária dos jovens entre 20 e 29 anos é a que teve o maior aumento de mortes por COVID-19 no começo de abril em relação ao início do ano.

No levantamento, a entidade aponta que houve um crescimento substancial do número de óbitos em todas as faixas de idade. Mas a dos mais jovens foi a que registrou a maior variação, com 1.081,82% mais mortes.

Segundo Giliane Trindade, o Brasil só vai conseguir ver o número de casos de COVID-19 e mortes causadas pela doença cair quando uma parcela maior da população tiver recebido as duas doses da vacina.

“A gente vai tendo essa diminuição gradual do número de casos na medida que a gente for subindo essa cobertura vacinal”, explicou.

Porém, Giliane Trindade, explicou que, mesmo com a maioria da população vacinada, é possível que o SARS-CoV-2 permaneça em circulação.

“Esse coronavírus provavelmente não vai desaparecer mais da população. Ele vai se tornar aí um vírus de ocorrência endêmica, sempre vai estar presente. Porém não com a capacidade de causar uma pandemia, ou até mesmo uma epidemia”, declarou.

Até esta sexta-feira (23), 28.765.257 brasileiros receberam a primeira dose de vacina contra a COVID-19. O número representa 13,58% da população. Já a segunda dose foi aplicada em 12.262.262 pessoas (5,79% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

As informações são da Sputnik Brasil.

Sair da versão mobile